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Cientistas alteram a genética do milho e deixam ele mais resistente a secas e altas temperaturas
Descobertas Científicas
Publicado em 09/01/2025

Já considerou a possibilidade de uma bactéria poder salvar a sua pipoca? Uma pesquisa utiliza uma bactéria conhecida como agrobacterium para alterar o DNA do milho, tornando-o mais resistente a altas temperaturas e secas provocadas pelas alterações climáticas. O estudo prevê que o milho possa suportar até 2°C acima de sua temperatura ideal, que varia entre 28°C e 30°C. Adicionalmente, a planta necessitaria de menos água, apenas 20% do que era ideal antes da mudança.

 

Assim, a agricultura poderia acompanhar o aquecimento global, que já está em 1°C acima dos níveis pré-industriais e deve se intensificar, atingindo 1,5°C entre 2030 e 2050, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas.

Como uma bactéria pode alterar a genética?

Na pesquisa, os cientistas utilizam a agrobacterium para editar a genética do milho. Essa bactéria tem a capacidade de reprimir ou ressaltar alguma parte do DNA das plantas, neste caso, a característica que resiste ao calor e à seca.

 

Para isso dar certo, a equipe precisou mapear a sequência de DNA completa do milho, ou seja, seu genoma.

 

Na natureza, esse micro-organismo é considerado uma praga do milharal, podendo causar tumores nos pés. Mas, no laboratório, a parte do DNA da bactéria que causa a doença é removida antes de ter contato com as células do milho.

 

 

E não precisa se preocupar, a inserção da bactéria no milho não faz mal para quem for consumir.

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