Os interlocutores dos militares e civis indiciados pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre o suposto golpe de Estado identificam na tática de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) até o momento, indícios de traição a antigos aliados que estiveram ao seu lado até o final do seu mandato. A inquietação chega ao ponto de se comparar a tática de Bolsonaro para se defender agora com a de Lula durante o mensalão e a Lava Jato. "Parece o Lula nas investigações da Lava-Jato", foi uma das declarações feitas no grupo. Em outras palavras, que não tinha conhecimento de nada do que acontecia ao seu redor.O que se fala nos bastidores é que esses indivíduos sempre procuraram soluções legais e constitucionais, como a decretação de Estado de Defesa e Sítio, a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e a invocação do artigo 142 da Constituição. Na prática, isso representa uma intervenção militar devido a suspeitas de parcialidade no processo eleitoral e desconfiança nas urnas eletrônicas. E essa também era a intenção de Bolsonaro.
Essa seria a situação após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, quando se buscava por fraudes nas urnas, algo que, reconhecem, nenhuma auditoria conseguiu comprovar.