Como e quando surgiu a camisinha...
Curiosidades
Publicado em 29/06/2024
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Datam aproximadamente do ano 1000 a.C., no Egipto, as primeiras provas da existência do uso dos primeiros protetores sexuais feitos em linho. Existem pinturas e escritos, que comprovam a existência dos mesmos na Ásia e Europa no início da Idade Média. Papel de seda embebido em óleos, bexigas de peixes e tripas de animais eram os materiais utilizados.
Foi Gabriele Falloppio, um médico italiano do século XVI, quem, com a identificação das primeiras Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DST) nomeadamente a sífilis, desenvolveu o primeiro preservativo feito em linho e embebido em ervas com a finalidade de proteção para doenças. No século XVII, já em Inglaterra, foi desenvolvido e comercializado um novo tipo de preservativo feito através de intestino animal.
No ano de 1839, com a descoberta da vulcanização da borracha, que consiste na transformação da borracha num material elástico resistente, foram fabricados os primeiros preservativos neste material. Eram espessos, caros e reutilizados depois de lavados.
Foi por volta do ano 1900 que começaram a aparecer os primeiros preservativos feitos em látex, material que continua em uso até aos dias de hoje. Mais baratos e mais confortáveis, começaram a ser utilizados não só para prevenir doenças mas também para evitar a gravidez indesejada. O desenvolvimento do látex permitiu fazer preservativos mais finos, lubrificados e com reservatório para o esperma, reduzindo assim a probabilidade de se romperem.
Com a descoberta da cura para a sífilis e a introdução da pílula feminina no mercado, a utilização do preservativo caiu em desuso. Porém com o aparecimento da AIDS , voltou outra vez a ser bastante utilizado e até mesmo a tornar-se numa das maiores "armas” usadas na prevenção dessa doença.
O material mais recente de que são feitos os preservativos é o poliuretano. Este material foi desenvolvido por um químico alemão, e começou a ser utilizado em preservativos nos anos 90. A necessidade de introduzir este material no fabrico de preservativos, deve-se á existência da alergia ao látex.
É, nos dias de hoje, um produto comercializado em grande escala, com diferentes cores e diferentes formatos, desenvolvido para proporcionar mais estímulo e prazer ao homem e à mulher, mas sempre com os principais objetivos de reduzir a gravidez indesejada e as DST.
O que é AIDS?
A AIDS é um quadro clínico resultante da infeção pelo HIV, do qual se conhecem dois tipos: o HIV 1 e o HIV2.
Trata-se de uma doença que se transmite pelo sangue e pelo contacto sexual - pelo que qualquer pessoa pode ser infetada -, em que o HIV invade as células do sangue responsáveis pela defesa do organismo contra outras infeções e alguns tumores, comprometendo-a.
Num doente com as defesas muito diminuídas, mesmo uma simples infeção pode tornar-se fatal.
Os primeiros casos de síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) foram relatados na década de 80 e, atualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que existam cerca de 36,9
milhões de pessoas infetadas pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
Relativamente ao panorama nacional “até final de 2017 foram diagnosticados, cumulativamente, em Portugal, 57.913 casos de infeção por HIV, dos quais 22.102 atingiram estádio de AIDS”- Relatório Infeção HIV e AIDS da Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica do Departamento de Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em colaboração com o Programa Nacional da Infeção HIV e AIDS da Direção-Geral da Saúde.
Sintomas
A infecção pelo HIV no início é pouco percetível porque os sintomas são ligeiros e confundíveis com um quadro gripal ou de virose comum. Em cerca de 30% dos casos, ocorre, nos 10 a 15 dias após a infecção, um período febril, curto, sem características especiais, como se fosse uma gripe.
Após a infeção, a AIDS tem um longo período de evolução silenciosa sem provocar a mais pequena perturbação ou queixa. É o período durante o qual o vírus se instala, começa a invadir e destruir os linfócitos (células responsáveis pelas nossas defesas) e a multiplicar-se. Durante essa fase, o organismo compensa essa perda de células aumentando a sua produção e tentando eliminar o vírus. A sua duração é muito variável (em média de 8 a 10 anos) e depende da intensidade e gravidade da infeção, da capacidade de defesa do organismo e da ocorrência de outras doenças que reduzam a capacidade de defesa. Durante este período, o paciente é referido como sendo portador do vírus ou seropositivo, uma vez que as análises realizadas nesta fase conseguem identificar sua a presença.
Mesmo sem sinais de doença, um portador do HIV pode infetar qualquer pessoa com quem tenha contacto sexual.
No final desta longa fase silenciosa, as defesas do organismo entram em colapso e surgem todas as complicações que definem a AIDS:
Infeções por microrganismos comuns que aqui adquirem maior gravidade
Infecções por agentes mais raros
Alguns tipos de cancro que, em condições normais, não conseguiriam se desenvolver
Causas
Para que o HIV possa desenvolver e proliferar e, assim, causar doença, tem de ter acesso à corrente sanguínea, uma vez que no exterior, fora das células, ele é rapidamente destruído.
As principais formas de transmissão deste vírus são as seguintes:
Produtos e derivados do sangue.
Esta via é, atualmente, muito rara porque todos os dadores de sangue fazem testes laboratoriais para este vírus.
Utilização de agulhas contaminadas.
Este cenário é impossível em estabelecimentos de saúde, onde todas as agulhas são descartáveis, mas pode ocorrer no contexto da toxicodependência através da partilha de seringas e agulhas. Graças a diversas medidas de informação, esta via de transmissão tem vindo a ser substancialmente reduzida.
Contato sexual.
Qualquer relação sexual não protegida, heterossexual (a forma de transmissão mais frequente em Portugal, que corresponde a cerca de 60% do casos) ou homossexual, pode ser uma forma de transmissão deste vírus.
Gravidez.
É possível a transmissão do vírus numa mulher grávida infetada aos seus filhos. Um tratamento apropriado durante a gravidez reduz de forma muito significativa esse risco. A contaminação no momento do parto ou durante a amamentação é muito menos provável.
Diagnóstico
O diagnóstico é simples e baseia-se na análise da saliva ou sangue onde se podem encontrar anticorpos conta o HIV.
De um modo geral, nas primeiras semanas após a infeção esses testes são ainda negativos. Contudo, têm sido desenvolvidos novos testes que permitem um diagnóstico mais rápido, logo nos primeiros dias após a infeção, o que é importante, pois a eficácia do tratamento será tanto maior quanto mais precocemente a infeção for detetada.
Além de permitirem confirmar a presença de infeção, os testes laboratoriais são importantes na definição da evolução da AIDS e na seleção dos melhores medicamentos para a tratar.
Tratamento
Não existe ainda uma cura para a AIDS. Trata-se de um vírus com uma enorme capacidade de multiplicação e que sofre inúmeras mutações que dificultam o tratamento porque, com frequência, tornam o vírus resistente aos medicamentos em curso.
O número de medicamentos disponíveis para controlar esta infeção é atualmente muito significativo e, na maioria dos casos, é possível manter uma boa qualidade de vida durante muito tempo.
A eficácia do tratamento depende da precocidade do diagnóstico e de um controlo médico regular que permita avaliar, a cada momento, a manutenção da resposta aos medicamentos selecionados.
Prevenção
Não existe ainda nenhuma vacina eficaz contra este vírus.
Na prevenção não devem ser considerados grupos de risco, mas sim comportamentos de risco e, por isso, uma correta informação e o uso do bom senso permitem, em muitos casos, manter este vírus à distância.
A prevenção inclui a adoção de medidas como:
Uso de preservativo
Evitar o contacto direto com sangue ou produtos seus derivados
Fazer o teste do HIV