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Prazer sexual feminino
Espaço Mulher
Publicado em 25/06/2024

Mitos e tabus sobre prazer sexual feminino

                                                                   - Por Thiago Soares

 

Sexualidade feminina e saúde são temas que caminham em conjunto. Contudo, mesmo com os avanços da sociedade quanto aos papéis de gênero, a sexualidade da mulher ainda é negligenciada, o que afeta sua qualidade de vida.

Além disso, alguns tabus sobre o assunto continuam existindo, o que contribui para a falta de diálogo. Entender a excitação, a libido, o orgasmo e como lidar com problemas sexuais é a chave para alcançar o autoconhecimento e bem-estar.

Afinal, a vida sexual também influencia o humor, estado psicológico, relacionamentos e autoconfiança da mulher. Para explorarmos esse tema tão importante, preparamos o conteúdo a seguir. Acompanhe!

Qual é a importância da sexualidade feminina?

Saber como trabalhar a sexualidade feminina é fundamental para uma boa qualidade de vida. Conforme dissemos incialmente, o sexo e a saúde da mulher estão diretamente relacionados.

Primeiramente, devemos ressaltar que sexualidade é diferente de relação sexual. Chamamos de sexualidade a capacidade de reconhecer o próprio corpo e preferências na hora de sentir prazer.

Também não deve ser confundida com o orgasmo, apesar dele ajudar nesse processo de autoconhecimento. Aliás, a importância da sexualidade da mulher é tamanha, que vem sendo tratada como questão de saúde nos últimos anos.

Afinal, uma mulher que conhece seu corpo e seus desejos, tem uma autoestima fortalecida, que influencia diretamente em seus sentimentos, ações e estado físico e mental.

 

Por que a sexualidade feminina ainda é um tabu?

Em pleno século XXI, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre sexualidade feminina. Isso porque, ainda vivemos sob um viés cultural de que falar sobre sexo e prazer feminino não é encarado com bons olhos.

Por isso, enquanto os homens são encorajados a conversar abertamente sobre o assunto, inúmeras mulheres ainda se sentem inseguras em expressar seus desejos e preferências sexuais, mesmo com seus parceiros.

Outro ponto é que, historicamente, o papel de conhecer e praticar o sexo livremente foi atribuído ao homem, enquanto a mulher devia se preservar ao máximo.

Apesar desse pensamento estar mudando recentemente, essa visão equivocada sobre a sexualidade humana afeta negativamente as relações entre casais.

Uma da principais consequências disso é que muitas mulheres não sentem prazer ou sequer chegam ao orgasmo, mantendo relações sexuais somente para satisfazer seus cônjuges.

Para contornar esse cenário, é importante estimular o diálogo sobre o tema e o autoconhecimento feminino. A masturbação, por exemplo, é uma ótima forma da mulher conhecer seu corpo e os modos de sentir prazer.

 

           5 Mitos sobre a Sexualidade Feminina

Conforme dissemos logo acima, ainda existem uma série de mitos e tabus acerca da sexualidade da mulher e o prazer feminino. Inclusive, alguns são até incentivados a permanecerem mistificados

Fisiologicamente, as mulheres conseguem criar uma forte conexão com seu corpo e intimidade, o que lhes favorece quando o assunto é autoconhecimento. Porém, mitos como os que citaremos a seguir, atrapalham essa autodescoberta.

 

1. O desejo sexual do homem é maior que o da mulher

Apesar de sabermos que a libido, mais especificamente, o desejo sexual, está relacionado com a produção de testosterona — presente em maior quantidade nos homens —, esse não é o único fator que influencia nisso.

Além dos fatores biológicos, o desejo também sofre alterações a partir do meio social, estilo de vida, crenças e cultura. Enquanto os homens sempre foram incentivados a explorar sua sexualidade, a mulher viveu encorajada a reprimi-la.

Por isso, muitas se acostumaram a encarar o sexo como algo dispensável, apesar da ciência afirmar que a prática é essencial para a saúde dos homens e das mulheres.

 

2. Não existe ejaculação feminina

Essa é outra afirmação falsa sobre a sexualidade da mulher. Mesmo que a ejaculação não seja uma realidade para a maioria das mulheres, ela existe e pode ser alcançada com a estimulação do ponto G.

 

3. Mulheres não sentem prazer com penetração

Outro mito. Apesar de ser mais fácil para a mulher sentir prazer com a estimulação do clitóris — único órgão do corpo feminino dedicado ao prazer sexual —, também é possível sentir prazer somente com a penetração.

Afinal, o clitóris é um órgão maior do que aparenta ser; boa parte do seu corpo se localiza na parte interna da vulva, que também pode ser acessada pela vagina. Não é à toa que muitas mulheres conseguem atingir o orgasmos apenas com a penetração.

 

4. Depois da menopausa, a mulher não sente mais prazer sexual

É sabido que, com a menopausa, o corpo da mulher sofre uma queda na produção dos hormônios sexuais. Porém, com os avanços da ciência e medicina, mulheres conseguem manter uma vida sexual plena e ativa após esse período.

Inclusive, por terem mais experiência de vida e conhecimento sexual, é comum que elas aproveitem mais o prazer e as vivências sexuais.

 

    A relação da sexualidade com o corpo feminino

 

Saber como funciona o organismo feminino e os sintomas de excitação feminina é um passo essencial na trajetória da autodescoberta.

Como dissemos nos tópicos acima, são muitos fatores que influenciam na sexualidade feminina, por isso é fundamental compreendê-los.

Mesmo que as mulheres sejam capazes de sentir desejo sexual tanto quanto os homens, ele não acontece de forma tão direta.

Isso porque, elas costumam associar a vontade sexual com outros aspectos da vida, como experiências passadas, autoestima, intimidade com o parceiro e outros.

Além disso, a excitação feminina também ocorre de forma progressiva e não é tão automática como nos homens. Para você ter uma noção, são necessários quase 500ml de sangue para irrigar a vulva e deixá-la pronta para a penetração.

Nesse sentido, é indispensável respeitar esses fatores quando relacionamos a sexualidade e o corpo feminino, na busca pelo autoconhecimento.

 

               O tantra e a sexualidade feminina

 

Podemos acompanhar a evolução do prazer feminino, que melhorou com o passar dos anos, mas ainda precisa caminhar bastante para receber a mesma valorização que a dos homens. Por isso, o Tantra surge para quebrar esses paradigmas.

Com ele, a mulher é incentivada a explorar a própria sexualidade, sem tabus e de forma saudável. Dessa forma, o Tantra a convida para buscar o autoconhecimento, a partir de sua base filosófica, práticas meditativas, rituais e técnicas corporais durante ato sexual.

No Tantra, a mulher é a representação de Shakti, o princípio feminino do universo. Então, suas técnicas visam a expansão da consciência e a experiência do prazer.

E cuidar da vagina também deveria fazer parte dessa quebra de tabus..

 

8 cuidados para deixar a sua vagina feliz (e saudável)

Porque será que tudo o que envolve genitais, ou a zona genital, não é levado muito a sério? Só o nome “vagina” é tão dramático, que podia andar vestido de terno e gravata. Porque não “pipi”? Já percebemos: não estamos falando para crianças de 6 anos. 

Ainda que sussurremos, seja quando falamos no assunto ou dizemos a dita palavra, temos de desmistificar este tema. A nossa relação com a vagina equivale a uma relação com uma amiga: esta tem de ser cultivada, cuidada e fomentada. Queremos vê-la feliz.

Se o nosso órgão genital não for bem cuidado, vai perceber de imediato. Para isso não acontecer, o melhor será ler as sugestões que trazemos; cuidados para a sua vagina ser mais feliz 

1. Use calcinhas de algodão

 

Não se deixe enganar pelas boas dezenas de tecidos que existem à venda nas lojas. No que diz respeito às partes íntimas, o algodão é o único material recomendado pelos especialistas para ser usado no dia a dia. A razão é simples:

 o algodão deixa a pele respirar e absorve a humidade. Ainda assim, se estiver sozinha em casa, o ideal é não ter nada vestido – pelo menos na parte de baixo. O verbo “arejar” deve ser aplicado.

 

2. Exercite-a! (e não estamos a falar das pernas)

Os exercícios kegel são ótimos para fortalecer toda a zona pélvica. Estas simples contrações vaginais prometem resultados na sua saúde: por um lado, são ótimos para um maior controle da bexiga, que contribui para a prevenção de problemas como a incontinência; por outro, ajudam a aumentar o prazer e a facilitar o orgasmo. Pode incluir estes exercícios no seu treino diário.

Os exercícios de kegel, ou simplesmente "kegels", são um tipo específico de exercícios que ajudam a fortalecer os músculos da região pélvica, sendo muito importantes para combater a incontinência urinária, além de aumentar a circulação de sangue no local.

Para terem resultados, os exercícios de Kegel precisam ser realizados diariamente, pelo menos 3 vezes por dia, e é importante saber identificar o músculo pubococcígeo, que precisa ser ativado para que o fortalecimento da região aconteça de forma eficaz.

Embora possam ser facilmente realizados em casa (ou em qualquer outro lugar), muitas vezes os exercícios precisam primeiro ser treinados com ajuda de um profissional de saúde. Dessa forma, o ideal é consultar o ginecologista, que poderá dar as indicações necessárias.

 

3. Introduza o iogurte grego nas suas refeições

Pode parecer estranho mas, como explica a Columbia University, o iogurte grego contém uma bactéria semelhante à que a vagina produz, a lactobacilos, que ajuda a prevenir e a tratar infeções fúngicas.Ainda que não tenham sido feitos estudos científicos que provam que o iogurte grego ajuda a curar estas doenças, já foi provado que ajuda a travar o seu crescimento. A universidade americana vai mais longe e afirma que há mesmo estudos que recomendam colocar iogurte diretamente na vagina. Talvez um pouco exagerado?

 

4. Dê descanso à lâmina

As lâminas são a forma mais fácil de fazer a depilação. Não provocam dor, o processo é rápido e a pele fica como a de um bebé. Porém, trazem outros problemas. “Ao estar constantemente a cortar o pelo estimula o seu crescimento e irrita a pele”, explicou ao Style Caster Noemi Grupenmager, fundadora e CEO da Uni K Wax Centers, em Nova Iorque. A cera é, assim, um dos melhores métodos a adotar, ainda que deva ser feita por um profissional para reduzir o risco de queimaduras. Saiba mais sobre depilação total e se deve mesmo adotar este método. 

 

5.Diga sim aos sabonetes sem cheiro e géis intímos

 

Os aromas frutados e doces podem ser muito agradáveis, mas não são os melhores para a vagina. Acontece que os sabonetes e géis de duche com cheiro secam a pele e podem até deixá-la irritada. O melhor é mesmo lavar os genitais com água quente ou usar um gel íntimo próprio que não desiquilibra o pH vaginal.

 

6. Lubrifique, sem vergonhas

O lubrificante pode ser o melhor amigo da sua vagina, até porque só traz vantagens! A secura vaginal pode ser um problema, uma vez que causa algumas dores e desconforto durante o acto sexual.Anti-histamínicos, antidepressivos ou até mesmo a pílula são algumas das medicações que podem causar secura vaginal. A solução é usar lubrificante quando tiver relaçãoes sexuais! Isto vai ser tão prazeroso para si, como para o seu parceiro. 

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