
⚠️ Principais controvérsias
• Comentários sobre comunidade trans e linguagem inclusiva
Em julho de 2022, Bette Midler publicou um tuíte dizendo que mulheres cis estavam sendo “tiradas de seus corpos, suas vidas e até de seus nomes”, lamentando que atualmente fossem chamadas de “birthing people” (“pessoas que dão à luz”), “menstruadores” ou “pessoas com vagina”, e conclamou: “Não deixem que apaguem você”.
A repercussão foi negativa. Muitas pessoas entenderam a mensagem como uma declaração anti-trans, acusando-a de exclusão e transfobia, especialmente por reduzir “mulheres” a gênero cis — algo controverso dado o contexto de direitos trans.
Bette acabou deletando o post e em seguida publicou uma retratação/explicação, dizendo que sua intenção não era ser transfóbica, mas alertar sobre o que, segundo ela, seria uma “erosão dos direitos das mulheres”.
Esse episódio é considerado um ponto de virada — uma polêmica significativa — considerando sua antiga imagem de aliada da comunidade LGBTQIA+.
• Críticas a outras artistas — conflito com Ariana Grande
Em 2014, Bette Midler criticou publicamente Ariana Grande, dizendo que “não era necessário se fazer de vadia para ter sucesso”. A declaração veio quando Midler comentou sobre a sensualidade e postura de Ariana.
A fala ofendeu parte do público e fãs da cantora — gerou debate sobre moralismo, machismo e liberdade de expressão/vestimenta no meio artístico.
Esse tipo de comentário, vindo de alguém com visibilidade e histórico de ativismo, causou desconforto entre fãs e ativistas de gênero e sexualidade.
• Postagem de imagem polêmica sobre o Supreme Court of the United States (EUA) vista como racista/ islamofóbica
Recentemente, Bette compartilhou nas redes sociais uma imagem manipulada (photoshop) retratando membros da Suprema Corte dos EUA usando barba, turbante e burca — numa possível alusão à sharia / lei islâmica — em protesto a decisões sobre aborto.
A atitude foi amplamente criticada como racista e islamofóbica, já que associar juízes brancos conservadores a símbolos muçulmanos foi visto como ofensivo e estigmatizante.
Esse episódio reacendeu debates sobre a linha tênue entre protesto, sátira e discurso de ódio, e provocou forte rejeição online quanto à forma de expressar descontentamento político.
• Conflito público com Donald Trump — fake quote, insultos e repercussões
Em 2019, Bette compartilhou nas redes um quote falsamente atribuído a Donald Trump, dizendo que ele teria chamado republicanos de “o grupo de eleitores mais burro do país”. Quando a citação foi desmentida, ela se desculpou.
O ex-presidente a chamou de “washed-up psycho” (“psicopata decadente”) — a troca de ofensas virou manchete e aprofundou o antagonismo entre eles.
Bette não evitou retrucar nas redes, criticando-o com veemência, gerando tanto apoio quanto rejeição: o episódio polarizou opiniões, inclusive entre fãs.
Ou seja: sua postura politizada — intensa e muitas vezes agressiva — tornou-se uma marca. Para alguns admiradores, um ato de coragem; para outros, fonte de controvérsias e embates públicos.
Reflexões: as consequências para sua imagem
As polêmicas sobre gênero e identidade expuseram tensões entre seu histórico de apoiadora dos direitos LGBTQIA+ e certas falas recentes — gerando críticas de hipocrisia.
Seus comentários sobre outras artistas levantam debates sobre liberdade artística, moralismo e julgamento — o que pode afetar sua reputação entre audiências mais jovens.
Já o uso de memes/imagens simbólicas contra instituições políticas (como a Suprema Corte) mostram como protestos podem descambar em ofensas, afetando a imagem pública.
E seu embate com figuras públicas polêmicas evidencia o risco de celebridade politizada: quando a arte e a atitude política se misturam, a rejeição pode ser tão grande quanto o apoio.