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O MERCADO DE LEILÕES E COLECIONADORES DE CARROS ANTIGOS
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 20/11/2025 08:57
Carro do dia

 

Um mercado movido por paixão… e dinheiro

 

Carros antigos — especialmente clássicos raros, esportivos e modelos icônicos — são tratados como obras de arte sobre rodas.

Colecionadores estão dispostos a pagar fortunas por modelos bem conservados ou com história única (celebridades, corridas, produção limitada).

 

Leilões são o “coração” do mercado

 

Casas de leilão como Barrett-Jackson, Mecum, RM Sotheby’s e Bonhams dominam o cenário.

Em eventos clássicos, é comum ver carros sendo arrematados por:

 

US$ 100 mil a US$ 500 mil para modelos desejados

 

Milhões de dólares para raridades históricas

 

Recordes acima de US$ 20 milhões para Ferraris de corrida e protótipos lendários

 

O ambiente é altamente emocional: colecionadores competem, e o preço sobe rapidamente.

 

O que determina o valor de um carro antigo?

 

O preço de um carro clássico é influenciado por vários fatores:

 

Raridade

 

Quanto menos unidades existirem, mais caro fica.

 

Originalidade

 

Carros com peças originais, números iguais (matching numbers) e documentação impecável valem muito mais.

 

História

 

Veículos que pertenceram a famosos, venceram corridas ou marcaram uma época são disputadíssimos.

 

Estado de conservação

 

Restaurado ou preservado?

Um carro “preservado” (nunca restaurado, só mantido) pode valer ainda mais que um restaurado.

 

Demanda internacional

 

Porsches, Ferraris, Mustangs, Camaros e Mercedes clássicos têm demanda global — sempre valorizam.

 

Carro antigo é investimento?

 

Sim — mas não é garantido.

Alguns modelos valorizam MUITO com o tempo, especialmente:

 

Ferrari clássicas (anos 50–70)

 

Porsche 911 antigos

 

Muscle cars raros (Hemi, Yenko, Shelby)

 

Mercedes SL antigas

 

Modelos com baixa quilometragem e produção limitada

 

Mas o mercado também tem ciclos. Às vezes um carro se valoriza rápido, depois cai. É parecido com arte ou imóveis de luxo.

 

A restauração movimenta milhões

 

Oficinas especializadas em restauração de clássicos são essenciais para esse mercado.

Os melhores restauradores:

 

pesquisam peças originais

 

seguem padrões de fábrica

 

reconstroem motores históricos

 

repintam usando técnicas fiéis ao ano

 

Uma restauração premium pode custar mais de R$ 300 mil.

 

  Mercado forte no mundo e no Brasil

No exterior:

 

EUA e Europa lideram — têm museus, clubes, pistas históricas e eventos gigantes.

 

No Brasil:

 

Apesar de impostos altos, o mercado cresce muito. Modelos nacionais como:

 

Opala SS

 

Dodge Charger R/T brasileiro

 

Fusca raros

 

Gol GTi

 

estão cada vez mais valorizados.

 

Eventos como o Encontro Brasileiro de Autos Antigos (Águas de Lindóia) reúnem milhares de colecionadores.

 

  Quem são os colecionadores?

 

São perfis bem variados:

 

Apaixonados por um modelo específico (ex: Mustang, Fusca, Porsche)

 

Investidores que compram para valorizar

 

Museus privados que montam acervos históricos

 

Entusiastas de competição (vintage racing)

 

Mas todos têm em comum: a paixão por história e raridade.

 

O futuro do mercado

Com a chegada dos carros elétricos, os clássicos a combustão estão ganhando ainda mais valor como exemplos de uma era mecânica que não volta mais.

A tendência é de:

 

MAIS valorização dos modelos icônicos

 

MAIOR busca por carros de 1980–2000 (“japoneses cult”, hot hatches, esportivos V8)

 

MAIS colecionadores jovens entrando no mercado

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