
A ideia de “queimar bruxas” vem de um período sombrio da história, quando medo, ignorância e poder religioso/político se misturavam.
Aqui vai uma explicação clara e completa
⚖️ 1️⃣ A crença nas bruxas
Durante a Idade Média e a Idade Moderna (aprox. séculos XV–XVIII), a Igreja Católica e depois também as igrejas protestantes acreditavam que existiam pessoas que faziam pactos com o demônio — especialmente mulheres.
Essas pessoas seriam responsáveis por:
doenças misteriosas,
mortes de animais,
más colheitas,
desastres naturais.
Tudo o que a ciência ainda não explicava era facilmente atribuído à “bruxaria”.
2️⃣ Por que o castigo era a fogueira
A Inquisição via a bruxaria como heresia, ou seja, um crime religioso.
E, de acordo com o pensamento da época:
o fogo “purificava a alma”,
e destruía o corpo do mal.
Assim, queimar alguém era visto como um ato de purificação espiritual — cruel, mas “justificado” pelos padrões medievais.
Além disso, a execução pública servia como exemplo de punição para quem ousasse desafiar a Igreja ou a ordem social.
3️⃣ Por que tantas eram mulheres
Mais de 80% das pessoas acusadas de bruxaria eram mulheres, especialmente:
viúvas, parteiras, curandeiras,
mulheres que viviam sozinhas,
ou que sabiam de ervas e remédios naturais.
A sociedade patriarcal via essas mulheres como ameaças — independentes demais, sábias demais ou simplesmente “diferentes”.
️ 4️⃣ Fim das fogueiras
As caças às bruxas foram diminuindo com o avanço da ciência, do racionalismo e do Iluminismo.
A última execução conhecida na Europa foi em 1782 (Anna Göldi, na Suíça).
Hoje, essas mulheres são lembradas como símbolos da perseguição à liberdade e ao conhecimento feminino.