Quem era Ruy Ferraz Fontes
Ele tinha: 63-64 anos.
Ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. Também atuou em várias outras unidades de polícia especializadas: DHPP (Homicídios), Deic (crimes mais complexos), Denarc (narcotráfico).
Era conhecido por sua atuação de combate ao crime organizado, especialmente contra o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Depois de deixar a ativa na Polícia Civil, assumiu cargo público municipal: secretário de Administração de Praia Grande desde janeiro de 2023.
O crime
Ruy Ferraz foi assassinado a tiros na noite de 15 de setembro de 2025, em Praia Grande ( litoral de São Paulo).
O crime foi uma execução em emboscada: ele estava saindo da prefeitura, foi perseguido por criminosos num veículo, houve colisão do carro dele com um ônibus, capotamento, e depois os executores saíram com armas (fuzis) e dispararam contra seu veículo.
Imagens de câmeras de segurança registraram parte da ação.



Linhas de investigação
A principal hipótese é de retaliação por sua atuação contra o PCC, já que Ruy Ferraz era visto como um dos inimigos históricos da facção.
Também há investigação sobre ligação do crime com licitação pública em Praia Grande, que poderia ter afetado interesses ligados a organizações criminosas.
O Ministério Público, por meio do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), está apoiando nas investigações.
Andamento da investigação
Veículo usado pelos criminosos já foi localizado.
Dois suspeitos já foram identificados, e pedidos de prisão temporária/preventiva foram feitos.
Um irmão de um dos suspeitos foi detido para averiguação.
Contexto e reações
Ruy Ferraz já havia expressado preocupação, dizendo que não tinha estrutura de proteção, morava em local visível e que “vivia no meio do PCC”.
O caso gerou forte repercussão pública, envolvendo autoridades estaduais e federal.
Também reacendeu debates sobre segurança de autoridades, sobre como facções como o PCC operam e sobre a exposição de agentes públicos que enfrentam crime organizado.