
Quem foi Ângela Ro Ro?
Nome completo: Angela Maria Diniz Gonsalves, nascida em 5 de dezembro de 1949, no Rio de Janeiro, e falecida em 8 de setembro de 2025, aos 75 anos.
Apelido: “Ro Ro” – um apelido que veio da sua adolescência, dado por crianças do bairro devido à sua voz rouca e marcante.
Trajetória artística
Formação musical: Começou a estudar piano clássico aos cinco anos. Influenciada por nomes como Maysa, Ella Fitzgerald e Jacques Brel.
Anos 1970: Durante a ditadura militar, morou na Europa — especialmente em Londres — onde trabalhou em restaurantes e cantou em pubs.
Carreira e legado
Álbum de estreia: Em 1979, lançou o álbum Angela Ro Ro, com sucessos como Amor Meu Grande Amor, Gota de Sangue, Tola Foi Você e Agito e Uso. Esse trabalho se tornou um clássico da MPB.
Sucessos e reconhecimento: Em 1980, o álbum Só Nos Resta Viver foi um grande sucesso comercial com mais de 800 mil cópias vendidas.
Vários artistas renomados, como Maria Bethânia e Ney Matogrosso, gravaram suas composições.
Entre polêmicas e autenticidade: Foi uma artista de personalidade forte, conhecida por escândalos na imprensa e por ter sido uma das primeiras cantoras brasileiras a se assumir publicamente lésbica, trazendo essa vivência para suas letras e entrevistas.
Décadas seguintes: Lançou discos com intervalos maiores — Prova de Amor (1988), gravou ao vivo em 1993.
Em 2000, retornou com Acertei no Milênio, que incluiu composições inéditas e reinterpretações clássicas, sendo reconhecida como melhor compositora do ano pela APCA.
Anos 2000 e além: Apresentou o programa Escândalo no Canal Brasil (2004–2005)
Lançou os álbuns Compasso (2006), Feliz da Vida! (2013) e Selvagem (2017), além de continuar se apresentando ao vivo e colhendo tributos e admiração de novas gerações.
Reconhecimento e repercussão
Foi eleita pela Rolling Stone Brasil como uma das maiores vozes da música nacional.
Seu álbum de estreia está entre os mais influentes da MPB.
Saúde e falecimento
Nos últimos anos, enfrentou graves problemas de saúde. Em 2025, circulou a notícia de debilidade, solidão e até suspeita de câncer, echoando dificuldades emocionais e físicas.
Em setembro de 2025, morreu após cerca de três meses internada, lutando contra infecções renais e pulmonares, submetendo-se inclusive a traqueostomia .