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PARQUE AUGUSTA- PREFEITO MARIO COVAS
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 29/08/2025 07:26
Por aí..

 

Um sonho de longa data

 

A ideia de transformar esse terreno em parque começou no início dos anos 2000. Em 2006, foi apresentado o PL 345/2006 solicitando sua criação, que foi sancionado em 2013 como Lei 15.941 

 

Só em 2019, depois de décadas de mobilização popular, o terreno foi oficialmente transferido à Prefeitura, com presença de Bruno Covas na assinatura Prefeitura de São Paulo.

 

 

 Inauguração simbólica

 

O parque foi inaugurado em 6 de novembro de 2021, recebendo oficialmente o nome Parque Augusta – Prefeito Bruno Covas, uma homenagem aprovada por lei (Lei 17.639) Prefeitura de São Paulo.

 

O evento contou com discursos emocionados de autoridades e do filho de Covas, Tomás, que destacou o amor do pai pelo meio ambiente Prefeitura de São Paulo.

 

 

Oásis urbano de 23 mil m²

 

O parque ocupa cerca de 23 mil m² (ou 24.513,15 m² segundo dados oficiais) entre as ruas Augusta, Consolação, Caio Prado e Marquês de Paranaguá Prefeitura de São Paulo.

 

Seu projeto respeita o Plano Diretor da cidade, garantindo que no máximo 10% da área seja impermeabilizada; o restante se mantém permeável e verde Prefeitura de São Paulo

 

 

Estrutura inclusiva e rica em biodiversidade

 

O parque é totalmente acessível: possui playground inclusivo, trilhas adaptadas com mapas táteis, sanitários acessíveis, fraldários, anfiteatro com espaço para cadeirantes e muito mais.

 

Oferece também: cachorródromo, redário (para redes), equipamentos de ginástica, academia da terceira idade, deck elevado, arquibancada, compostagem, e sede administrativa Prefeitura de São Paulo.

A vegetação mistura espécies nativas e exóticas, incluindo árvores frutíferas (mangueira, nespereira, abacateiro) e espécies ameaçadas, como pau-brasil, jequitibá-rosa e cedro.

 

Memória preservada

 

O projeto preservou vestígios históricos, como o portal da Rua Caio Prado e a Casa das Araras, ambas tombadas. Esse espaço também abrigará atividades culturais Prefeitura de São Paulo

 

 

Custo e negociação urbana

 

A implantação custou cerca de R$ 11 milhões, investimento feito pelas construtoras Setin e Cyrela em troca de potencial construtivo em outras áreas da cidade, após mediação do Ministério Público Prefeitura de São Paulo.

 

 

Um sucesso de público

 

Em menos de um ano após a inauguração, o parque se tornou um ponto de encontro popular. Já recebeu mais de 1,6 milhão de visitantes em seu primeiro ano — cinco vezes mais que o Parque Buenos Aires, menor em tamanho.

 

 

Símbolo de participação cidadã

 

O Parque Augusta representa uma vitória de movimentos sociais por meio da cidade: ativistas, moradores e entidades lutaram por anos para impedir construções ali e transformar o espaço em um bem público WikipédiaReddit.

 

Um morador resumiu bem o sentimento: “É a devolução de algo que nunca deveria ter sido retirado da sociedade”.

 

 

⚖️ Polêmicas do Parque Augusta

1. Terreno privado x pressão popular

 

O terreno pertenceu a construtoras (Setin e Cyrela), que planejavam erguer torres residenciais.

 

Movimentos sociais e moradores da região se mobilizaram por anos com protestos, shows e até acampamentos no espaço para impedir a construção.

 

2. Ações judiciais

 

As empresas entraram na Justiça para garantir o direito de construir.

 

Ao mesmo tempo, ONGs e coletivos pressionavam o Ministério Público e a Prefeitura pela criação de um parque 100% público.

 

Foram mais de 10 anos de disputas jurídicas até o acordo final.

 

3. Acordo de 2019

 

Depois de idas e vindas, ficou definido que o terreno seria destinado ao parque.

 

Em contrapartida, as construtoras receberam direito de construir em outros terrenos de São Paulo (transferência de potencial construtivo).

 

Muitos críticos chamaram o acordo de “vitória parcial” — o parque saiu, mas as empresas lucraram com a negociação.

 

4. Nome do parque

 

Em 2021, a Câmara aprovou a lei que deu ao espaço o nome “Prefeito Bruno Covas”, pouco tempo após sua morte.

 

O batismo gerou críticas: parte da população defendia manter apenas “Parque Augusta”, preservando a identidade da luta popular.

 

5. Custo e manutenção

 

A obra custou cerca de R$ 11 milhões, bancados pelas construtoras.

 

Há debates até hoje sobre como será feita a manutenção de longo prazo, quem financia e se o modelo de parceria é sustentável.

 

6. Conflito de narrativas

 

Para o poder público: o parque é um marco de parceria público-privada bem-sucedida.

 

Para os movimentos sociais: ele é o resultado de resistência popular contra a especulação imobiliária.

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