Uma tragédia ocorreu durante a temporada de 2025 do ritual de iniciação Ulwaluko, na África do Sul. Ao menos 39 jovens perderam a vida após participarem de rituais de circuncisão realizados em escolas de iniciação, muitas delas ilegais e sem qualquer assistência médica.

O Ulwaluko é um rito cultural que representa a passagem dos meninos para a fase adulta. Os rituais ocorrem em lugares remotos, aos quais somente os anciãos e os iniciados podem acessar. Nessas instituições, a falta de higiene, o uso de instrumentos não esterilizados e a ausência de cuidados médicos tornam o procedimento altamente perigoso, causando infecções, hemorragias severas e até mesmo mutilações. As autoridades locais atribuem diretamente a culpa às escolas ilegais. Athol Trollip, do partido ActionSA, ressaltou que muitas dessas iniciativas são lideradas por indivíduos sem formação ou competência. Ademais, há uma forte pressão cultural para se envolver. Jovens que se negam são estigmatizados e rotulados como "Inkwenkwe", um termo pejorativo que os coloca em uma posição de desvantagem social.