
– A tragédia que cruzou oceanos
13 de agosto de 1868 – 17h
Um terremoto devastador, estimado em magnitude 8,5 a 9, atinge a costa sul do Peru (hoje região de Arica, Chile) e norte do Chile. A cidade de Arica é arrasada.
Minutos depois
Moradores percebem que o mar recua anormalmente. Muitos se aproximam para ver — sem saber que era o prenúncio de uma enorme onda.
Primeira onda
Uma gigantesca muralha de água invade Arica, destruindo casas, armazéns e embarcações. O navio de guerra norte-americano USS Wateree é arrastado para centenas de metros terra adentro.
Segunda onda, ainda maior
Pouco depois, uma segunda onda ainda mais alta varre o que restava. O Wateree e outros navios acabam encalhados em terra firme, longe da costa.
Efeito transoceânico
O tsunami atravessa o Pacífico. Horas depois, chega ao Havaí com ondas de 2 a 3 metros, causando danos. Mais tarde, alcança Nova Zelândia, Samoa e Japão.
Vítimas e destruição
Centenas morrem na região de Arica e no atual sul do Peru. A infraestrutura portuária é aniquilada. A economia local leva décadas para se recuperar.
Mudança de fronteiras ️
Na época, Arica pertencia ao Peru. Após a Guerra do Pacífico (1879–1884), passou a ser território chileno.
Legado científico
O evento ajudou cientistas do século XIX a compreender melhor a propagação de tsunamis pelo oceano e a importância de registros internacionais de marés.
Memória viva
Até hoje, o “tsunami de 1868” é lembrado como um dos mais poderosos da história registrada no Pacífico.