
Parque do Carmo ️
1. Origem histórica e ocupação
As terras onde hoje se encontra o Parque do Carmo foram ocupadas por tribos indígenas (Itaquerus, Guaianás e Caaguaçus) e, a partir de 1722, transformadas em "Fazenda Caaguaçu" pela Ordem dos Carmelitas, que implantou atividades agrícolas e agropecuárias ali Prefeitura de São Paulo.
2. Da fazenda ao parque municipal
No século XX, o lugar pertenceu ao coronel Bento Pires, passando depois ao engenheiro Oscar Americano, que manteve-o como área de lazer com infraestrutura, como um lago artificial e um casarão. Após sua morte, a prefeitura adquiriu parte da área e, em 19 de setembro de 1976, foi oficialmente inaugurado o Parque do Carmo Gazeta.
3. Parque Olavo Egydio Setúbal
Em 2012, ganhou o nome completo de Parque do Carmo – Olavo Egydio Setúbal, em homenagem ao ex-prefeito que o criou. Pouco depois, foi integrado à Área de Proteção Ambiental (APA), por decreto estadual, reforçando sua importância ecológica Prefeitura de São Paulo.
4. Um dos maiores parques urbanos da cidade
Com mais de 1,5 milhão de m² — e cerca de 2,4 milhões de m² incluindo área de expansão — o Parque do Carmo é o segundo maior parque municipal de São Paulo.
5. Biodiversidade para proteger e admirar
Flora: remanescentes da Mata Atlântica, matas ciliares, capoeiras, brejos, cafezal, pomar e um bosque com cerca de 2.300 cerejeiras, sendo o segundo maior fora do Japão — atrás apenas de Washington, DC WikipédiaPrefeitura de São Paulo.
Fauna: 193 espécies catalogadas, incluindo 164 vertebrados e 29 invertebrados — destacam-se veado-catingueiro, preguiça-de-três-dedos, tatu, além de aves como garças, martins-pescadores, trinca-ferro e canário-da-terra Prefeitura de São Paulo.
6. Planetário de alta tecnologia

O Planetário Prof. Acácio Riberi, inaugurado em 2005, é considerado um dos mais modernos da América do Sul. Possui cupola de 20 m de diâmetro, projeta até 9.100 estrelas, e dispõe de observatórios e espaço educativo. Fechado entre 2007 e 2016 para reformas, hoje atende o público gratuitamente nos finais de semana e feriados.
7. Infraestrutura variada para lazer e cultura
O parque oferece: Museu do Meio Ambiente (instalado no casarão histórico), viveiro para produção de mudas (Viveiro Arthur Etzel), anfiteatro, pistas de cooper, ciclovia, aparelhos de ginástica, playgrounds, churrasqueiras, quiosques, campos de futebol, redário, bosque da leitura e base da Guarda Civil Metropolitana Prefeitura de São Paulo.
8. Celebração da cultura japonesa

A Festa das Cerejeiras, realizada entre julho e agosto para celebrar a florada das cerejeiras, alcançou números expressivos. Em 2025, contou com mais de 1,7 milhão de visitantes — um dos eventos culturais mais emblemáticos da cidade Parque do Carmo.
9. Memória contemporânea

Recentemente, o parque ganhou um memorial às vítimas da Covid-19, inaugurado em janeiro de 2021, com plantio de árvores e monumento em homenagem às vidas perdidas na pandemia.
10. Desafios na gestão
Apesar da vasta infraestrutura, o parque enfrenta problemas de manutenção, como banheiros em estado precário, vias irregulares, falta de lixeiras e falhas na administração, o que impacta a experiência dos visitantes.
Polêmicas e controvérsias no Parque do Carmo
1. Falta de manutenção e limpeza
O parque sofre com ausência de contratos de zeladoria desde o fim de 2016, resultando em lixo acumulado, mato alto e abandono geral. Frequentadores relatam gramados entulhados de garrafas PET, papéis e sacolas, forçando até pessoas a usarem seus próprios sacos para limpar o espaço antes de se acomodarem para um piquenique.
2. Infraestrutura degradada
Quem visita encontra buracos, poças causadas por falta de drenagem, brinquedos quebrados, bebedouros inutilizáveis e lixeiras transbordando — mesmo após reportagens que denunciaram essas condições, poucas melhorias foram feitas.
3. Estruturas perigosas em deterioração
Churrasqueiras depredadas, bancos danificados, ciclovias irregulares, ciclofaixas com desníveis e até pontes com tábuas soltas denunciam o desgaste da infraestrutura. Frequentadores evitam usar certas áreas por riscos de acidentes. Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
4. Risco de erosão e inundações
Em dezembro de 2024, uma audiência pública revelou atrasos em obras de revitalização (orçadas em R$ 83 milhões), comprometendo a contenção de um lago que, em caso de rompimento, pode causar enchentes no bairro Cidade Líder. Moradores exigem urgência na retomada dessas intervenções.
5. Queda de árvore de grande porte
Em fevereiro de 2025, uma árvore caiu sobre três carros estacionados — felizmente sem feridos — gerando preocupação sobre a segurança de visitantes e a manutenção preventiva das áreas arborizadas do parque.
6. Falta de segurança e iluminação deficiente
Relatos de frequentadores demonstram que, durante o dia, o parque parece seguro e movimentado; porém à noite, a falta de iluminação e policiamento deixa algumas áreas isoladas e vulneráveis. Um usuário relatou ter sido assaltado ali há cerca de 10 anos e recomenda visitar o parque apenas nos fins de semana, quando há maior circulação de pessoas.