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O QUE O CÉREBRO FAZ OS 3 SEGUNDOS ANTES DA MORTE?
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 12/08/2025 08:41
Curiosidades

 

 

Quando o corpo está prestes a morrer, o cérebro não “desliga” de forma instantânea. Na verdade, nesses últimos segundos, ele pode entrar em uma atividade intensa e incomum.

 

O que a ciência descobriu

Pesquisas com pacientes em estado terminal e estudos em animais mostram que, segundos antes da morte, o cérebro pode apresentar um pico de ondas gama, associadas à memória, consciência e experiências vívidas.

 

⚡ Possíveis explicações:

Descarga elétrica final: o cérebro libera um último “surto” de atividade como reação à falta de oxigênio.

 

Flashbacks: essa hiperatividade pode reativar redes neurais ligadas à memória, gerando a sensação de “ver a vida passar diante dos olhos”.

 

Experiências de quase morte: luzes, túnel, sensação de paz — fenômenos relatados por sobreviventes podem estar ligados a essa explosão neural.

 

 

⏳ Os 3 segundos finais:

 

0 a 1s → queda brusca de oxigênio e pressão arterial.

 

1 a 2s → liberação de neurotransmissores e ondas cerebrais rápidas.

 

2 a 3s → colapso da atividade elétrica e início do desligamento das funções vitais.

 

 

Curiosidade

 

Um estudo de 2022 registrou a atividade cerebral contínua de um paciente morrendo e viu um padrão semelhante ao de sonhos e lembranças vívidas — indicando que o cérebro pode ter “histórias finais” antes do fim.

 

 

 

COMO EXATAMENTE A CIÊNCIA DESCOBRIU ISSO?

 

A ciência descobriu isso principalmente por acaso, através de casos raros em que pacientes estavam sendo monitorados no momento da morte.

 

Aqui está o passo a passo de como chegamos a essa conclusão:

 

 

Estudos com EEG (eletroencefalograma) em pacientes terminais

Em 2022, pesquisadores da Universidade de Louisville (EUA) publicaram um caso inédito:

 

Um paciente idoso, com epilepsia, estava internado e conectado a um EEG contínuo para monitorar crises.

Durante o exame, ele sofreu um ataque cardíaco fatal.

Isso permitiu que os cientistas registrassem 30 segundos de atividade cerebral antes e depois da parada cardíaca.

 

 

O que viram:

 

Nos 30 segundos finais, houve um pico de ondas gama (frequência associada a consciência, lembranças e integração sensorial).

 

Esse padrão era semelhante ao observado em momentos de sonho vívido ou recuperação de memórias.

 

 

Experimentos com animais

Antes disso, estudos com ratos já mostravam algo parecido:

 

Quando induzida a parada cardíaca, os cérebros dos ratos apresentavam, por cerca de 30 segundos, ondas cerebrais mais organizadas e intensas do que no estado de vigília.

 

Isso sugeria que o fenômeno não era exclusivo de humanos.

 

 Interpretação científica

Esses dados indicam que, antes de “desligar”, o cérebro pode passar por uma descarga elétrica final, reorganizando memórias e percepções.

 

A falta de oxigênio e glicose leva a um colapso iminente, mas antes disso o sistema nervoso pode reagir com um último esforço de hiperatividade neural.

 

 


Não é algo que os cientistas “foram procurar”, mas sim algo observado de forma acidental e depois confirmado por experimentos. Hoje, a hipótese mais aceita é que esses picos cerebrais finais possam explicar experiências de quase morte — como “ver um túnel de luz” ou relembrar a vida.

 

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