
Em 17 de julho de 1998, um tsunami atingiu a costa norte de Papua-Nova Guiné, matando mais de 2.000 pessoas em questão de minutos.
O desastre foi tão rápido e inesperado que pegou vilarejos inteiros desprevenidos.
O que causou
Diferente de muitos tsunamis, este não foi gerado diretamente por um grande terremoto de subducção.
O gatilho foi um terremoto de magnitude 7,0, que provocou um deslizamento submarino massivo — deslocando milhões de toneladas de sedimento.
Tsunami de deslizamento
Esse tipo de tsunami é extremamente perigoso porque pode gerar ondas muito mais altas localmente.
No caso de 1998, algumas ondas chegaram a 15 metros de altura e avançaram centenas de metros para dentro da costa.
Vilarejos apagados do mapa
As aldeias de Arop e Warapu foram praticamente destruídas.
As casas, feitas de madeira e palha, não resistiram à força das ondas. Muitas vítimas foram arrastadas para o mar.
Tempo de reação quase nulo
Entre o terremoto e a chegada do tsunami, passaram-se apenas 10–15 minutos.
Como não havia sistema de alerta na região, a população não teve tempo para evacuar.
Dificuldades no resgate
Papua-Nova Guiné tinha (e ainda tem) infraestrutura limitada.
O acesso às áreas afetadas foi difícil, e equipes de resgate tiveram que chegar de barco e helicóptero.
O isolamento aumentou o número de mortes.
Estudos posteriores
Pesquisas revelaram que o deslizamento submarino ocorreu em águas relativamente rasas, o que amplificou as ondas.
Esse evento ajudou cientistas a entender melhor tsunamis não diretamente causados por falhas tectônicas.
Legado
Após 1998, aumentaram as discussões sobre criar sistemas de alerta precoce no Pacífico.
Hoje, parte da região já conta com sensores e redes de monitoramento, mas áreas remotas continuam vulneráveis.