Baía de Lituya, Alasca (1958)

Prepare-se para conhecer um fenômeno assustador da natureza: um megatsunami que atingiu 524 metros de altura. Sim, você leu certo.
Onde aconteceu?
Na Baía de Lituya, uma enseada glaciar remota no Alasca, nos EUA.
É uma região cercada por montanhas íngremes, falhas geológicas e lagos formados por geleiras.
Quando?
Em 9 de julho de 1958, às 22h15, um terremoto de magnitude 7.8 sacudiu a região.
Esse tremor ocorreu exatamente onde duas placas tectônicas se encontram: a Falha Fairweather.
️ O que causou o tsunami gigante?
O terremoto provocou o deslizamento de aproximadamente 30 milhões de metros cúbicos de rocha de uma montanha diretamente para dentro da baía.
Essa massa colossal de rochas caiu de uma altura de mais de 900 metros.
O impacto da queda foi tão violento que deslocou milhões de litros de água de uma só vez, criando uma onda gigantesca que subiu encosta acima do outro lado da baía.
Altura registrada: 524 metros
Isso é quase o dobro da altura do Pão de Açúcar ou mais alto que o Empire State Building.
Foi um tsunami diferente dos comuns
Esse tipo de evento é chamado de megatsunami.
Diferente dos tsunamis causados por terremotos submarinos, esse foi causado por um deslizamento de terra repentino.
O formato estreito da Baía de Lituya também amplificou a onda como um funil.
Havia pessoas na baía naquele momento?
Sim. Três barcos estavam na água. Dois foram atingidos em cheio:
Um foi lançado para fora da água, voando por cima das árvores.
Dos seis ocupantes, duas pessoas morreram e quatro sobreviveram milagrosamente.
A destruição foi visível por décadas
A vegetação da encosta foi completamente arrancada até a marca dos 524 metros.
Essa cicatriz na montanha pode ser vista até hoje por imagens de satélite e por quem sobrevoa a região.
Por que é importante lembrar desse evento?
É um alerta geológico real sobre o poder da natureza.
Mostra como deslizamentos podem gerar megatsunamis mesmo longe do mar aberto.
Serve como modelo de estudo para outras regiões montanhosas e glaciais.
Pode acontecer de novo?
Sim — e não só no Alasca. Regiões como a Islândia, fiordes do Canadá, Noruega e até a Indonésia têm condições parecidas.
Por isso, pesquisadores monitoram áreas com geleiras, lagos de montanha e falhas sísmicas.
Curiosidade final:
Esse tsunami foi tão vertical e localizado que não chegou ao oceano como os tsunamis comuns.
Foi um evento extremo, mas concentrado — o que ajudou a limitar os danos a uma área pequena (mas brutal).