Franz Kafka nasceu em 3 de julho de 1883 (República Tcheca)

1. Pediu que suas obras fossem queimadas

Antes de morrer, Kafka ordenou ao seu amigo Max Brod que queimasse todos os seus manuscritos não publicados.

Max desobedeceu — e foi assim que O Processo, O Castelo e O Homem que Sabia de Tudo chegaram ao mundo.

Se Brod tivesse obedecido, a literatura moderna perderia uma de suas maiores vozes.

2. Morreu sem ver quase nada publicado

Kafka publicou muito pouco em vida. A maior parte da sua fama veio depois da sua morte, em 1924, graças ao trabalho de Max Brod. Ele morreu de tuberculose aos 40 anos, praticamente desconhecido.

3. Tinha uma relação intensa e ambígua com o pai

Seu "Carta ao Pai" é uma verdadeira exposição de feridas emocionais.

Kafka se sentia humilhado e reprimido pelo pai, um comerciante severo, o que influenciou seus temas sobre autoridade, culpa e opressão.

4. Nunca disse que Gregor Samsa virou uma barata

No clássico A Metamorfose, Kafka nunca usa a palavra “barata”. Ele fala em “um inseto monstruoso”.

Foi a interpretação dos editores e leitores que associou Gregor à barata — algo que Kafka provavelmente não queria literalizar.

5. Queimou seus próprios textos

Kafka era perfeccionista ao extremo. Chegou a queimar textos inteiros por achar que não estavam à altura, inclusive romances quase completos

6. Noivo três vezes, casado nenhuma

Kafka teve vários relacionamentos intensos, especialmente com Felice Bauer, com quem ficou noivo duas vezes, mas nunca casou.

Sua angústia com a ideia de casamento e família aparece em várias cartas e obras.

Ele chegou a escrever cartas todos os dias por meses para Felice.

7. Kafka e o erotismo censurado

Cartas e diários revelaram um Kafka obsessivo com sexualidade, incluindo visitas a bordéis e pensamentos eróticos reprimidos — elementos que foram suprimidos por décadas em versões mais "limpas" de sua obra.

Só recentemente esses textos começaram a ser publicados com fidelidade.

8.  Nunca saiu muito de Praga

Apesar de escrever sobre alienação e sistemas opressivos globais, Kafka viveu quase toda sua vida em Praga, então parte do Império Austro-Húngaro.

Ele pouco viajou, mas imaginava o mundo de forma vasta e metafísica.

9. ✡️ Era judeu, mas distante da fé

Kafka era de origem judaica, mas vivia num meio secular e germanófono.

Ele se sentia deslocado entre judeus tradicionais e cristãos alemães, o que intensificava seu sentimento de desajuste cultural e espiritual.

10. Influenciou do existencialismo ao cinema

Kafka inspirou autores como Albert Camus, Jean-Paul Sartre, George Orwell e Haruki Murakami, além de cineastas como Orson Welles e David Lynch.

Seu nome virou adjetivo: “kafkiano” — algo absurdo, burocrático e opressor.