Zélia Gattai & Jorge Amado

1. Uma história que começou na literatura
Zélia conheceu Jorge Amado durante reuniões políticas e literárias em São Paulo nos anos 1940.
Ela era leitora e admiradora de sua obra antes mesmo de conhecê-lo pessoalmente.
O livro Capitães da Areia (1937), de Jorge, foi um dos primeiros que ela leu e amou.
2. Exílio juntos durante os anos de repressão
Por conta das posições políticas comunistas de Jorge, o casal passou anos fora do Brasil.
Viveram na França, Tchecoslováquia e União Soviética.
Durante o exílio em Paris, tornaram-se amigos de nomes como Pablo Neruda, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.
3. A casa do Rio Vermelho em Salvador
Quando voltaram ao Brasil, se instalaram na famosa Casa do Rio Vermelho, em Salvador.
O local se tornou um ponto de encontro de artistas, intelectuais, políticos e amigos internacionais do casal.
Hoje, a casa é um memorial aberto ao público.
4. Zélia virou escritora por incentivo de Jorge
Jorge sempre incentivou Zélia a escrever.
Quando ela lançou seu primeiro livro, "Anarquistas, Graças a Deus" (1979), já tinha mais de 60 anos!
O livro é uma autobiografia sobre sua infância em uma família de imigrantes italianos. Virou uma minissérie da Globo em 1984.
5. Zélia era fotógrafa
Antes de ser reconhecida como escritora, Zélia já tinha destaque como fotógrafa.
Ela registrou momentos históricos e pessoais de forma cuidadosa e poética.
Muitas fotos de bastidores da vida de Jorge e de viagens estão nos livros de memórias que ela publicou depois.
6. Casamento de vida inteira (sem papel passado!)
Apesar de viverem juntos por quase 60 anos, eles só oficializaram o casamento civil em 1978.
Fizeram isso por um motivo bem prático: o governo da Itália exigia o documento para conceder cidadania italiana a seu filho, João Jorge.
7. Obras que se cruzam
Zélia participou da revisão e preparação de todos os originais de Jorge Amado.
Muitas das histórias que ela conta em seus livros têm como pano de fundo o processo de criação dos livros dele.
Jorge, por sua vez, costumava dizer que sem Zélia, muitas de suas obras não teriam existido.