No mesmo dia em que se desentendeu com sindicalistas na tribuna da Câmara Municipal de São Paulo, declarando que "uma mulher branca, atraente e rica" causava incômodo, a vereadora Cris Monteiro (Novo) alegou que sofria preconceito por ser "branca e bem cuidada". Ela alegou que cometeria um "suicídio político" se comentasse sobre uma mulher negra e seus "sapatos baratos".
O pronunciamento ocorreu em um evento realizado na Câmara Municipal no dia 29 de abril, durante um diálogo com integrantes do Grupo de Empoderamento e Liderança Feminina, da Federação Israelita do Estado de São Paulo.
Na semana passada, uma vereadora negra subiu à tribuna para expressar seu apoio à retirada da Favela do Moinho, e ela subiu logo após a minha fala, dizendo: 'É evidente que a vereadora Cris Monteiro não tem conhecimento sobre favelas.' Portanto, gostaria de convidá-la, com seus sapatos caros, para visitar uma favela ao meu lado.
Em seguida, Cris afirmou que a declaração era um "enorme preconceito" contra ela, uma "mulher branca e bem cuidada". Ela afirmou que a mesma frase, se substituída por uma pessoa negra e calçados baratos, seria interpretada de maneira diferente.
"Então, é uma observação preconceituosa." Ela tem o direito de dizer isso. Agora, pensem em mim chegando lá e dizendo: 'Quero convidar a vereadora negra para visitar a Faria Lima com seus sapatos baratos'. Terminou a minha existência, trata-se de um suicídio político.
Após a fala, o público presente deu gargalhadas.