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CAMPANHA: MAIO CINZA
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 12/05/2025 14:18
Saúde

Apesar de constituir uma pequena parcela dos tumores malignos - entre 1,4% e 4% de acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA) -, a severidade desta condição é desproporcional à sua frequência. No Brasil, aproximadamente 11 mil novos casos de tumores do sistema nervoso central são diagnosticados anualmente, abrangendo o cérebro e a medula espinhal. O câncer cerebral é a segunda causa mais comum de morte por câncer em crianças e adolescentes, perdendo apenas para as leucemias.

É crucial compreender que existem tumores primários, que se originam no cérebro (como os gliomas e meningiomas), e tumores secundários, também conhecidos como metástases cerebrais, que são decorrentes da disseminação de cânceres de outros órgãos, como pulmão, mama e pele (melanoma). O glioblastoma multiforme é o tumor primário mais agressivo e de rápida progressão, ao passo que os meningiomas, geralmente benignos, requerem monitoramento constante para prevenir complicações.

 

SINTOMAS:

O câncer cerebral pode se manifestar de diversas maneiras, dependendo da localização e do tamanho da lesão. Os principais sinais de alerta incluem:

 

● Dores de cabeça persistentes e progressivas, especialmente mais intensas ao acordar;

 

● Náuseas e vômitos inexplicáveis;

 

● Convulsões, mesmo sem histórico anterior;

 

● Alterações visuais ou auditivas, como visão dupla ou zumbidos;

 

● Mudanças cognitivas ou de comportamento, como lapsos de memória, irritabilidade ou confusão mental;

 

 

● Déficits motores, incluindo fraqueza em membros ou perda de equilíbrio.

Profissionais da saúde advertem que qualquer sinal neurológico que persista por mais de duas semanas deve ser examinado imediatamente. Na oncologia neurológica, o tempo é crucial para o êxito do tratamento.

 

PREVENÇÃO:

Embora não exista uma forma comprovada de prevenir tumores cerebrais primários, algumas práticas podem contribuir para reduzir o risco geral de câncer e favorecer o diagnóstico precoce:

 

1-Reduza a exposição desnecessária à radiação ionizante:

Evite exames como tomografias sem indicação médica rigorosa;

Profissionais expostos à radiação devem seguir protocolos de proteção.

 

2-Adote hábitos de vida saudáveis:

Dieta rica em antioxidantes (frutas vermelhas, vegetais verde-escuros) e ômega-3 (peixes);

Atividade física regular, que reduz a inflamação crônica;

Controle do estresse através de técnicas como mindfulness ou yoga.

 

3-Atenção à hereditariedade:

Pessoas com síndromes genéticas associadas a câncer, como neurofibromatose e síndrome de Li-Fraumeni, devem manter acompanhamento rigoroso com neurologistas e oncologistas.

 

4-Avaliações médicas regulares:

 

Mesmo sem sintomas, quem tem histórico familiar relevante deve considerar consultas anuais, incluindo exames neurológicos.

 

 

O Maio Cinza vai além de um movimento simbólico: é um apelo à ação. A detecção antecipada continua sendo a estratégia mais eficaz para aumentar a sobrevida dos pacientes. Entender os sintomas, procurar assistência médica especializada e dar importância à saúde cerebral pode ser crucial.

 

 

Se você ou alguém que você conhece apresenta sinais neurológicos persistentes, não hesite: busque ajuda de um especialista. Informação e comportamento preservam vidas.

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