Na quinta-feira (24), a Receita Federal, em colaboração com a Polícia Federal, lançou a operação "Obsidiana".
O objetivo foi desmantelar uma organização criminosa que comercializava consultorias falsas e orientava os clientes a compensar créditos fiscais inexistentes. Foram executados mandados na cidade de São Paulo e em localidades como Arujá, Bragança Paulista e Guaratinguetá.
O grupo, organizado em núcleos com funções específicas, teria estabelecido uma fintech para movimentar fundos e complicar a rastreabilidade.
As fraudes começavam com "histórias de cobertura" criadas, que deturpavam os princípios da lei fiscal.
Após a contratação da falsa consultoria, o contribuinte era solicitado a conceder uma procuração eletrônica no e-CAC a indivíduos usados como "laranjas".
De acordo com a investigação, esses indivíduos introduziam informações falsas em Declarações de Compensação que eram enviadas eletronicamente para a Receita Federal em nome do contratado.
A consultoria fraudulenta também exigia uma taxa pelo serviço, que oscilava entre 30 e 70% do montante dos impostos compensados de forma fraudulenta.
Esses montantes eram empregados na compra de itens de luxo exibidos nas mídias sociais dos suspeitos.
Ao executar um dos mandados, a Receita Federal apreendeu vários relógios de grife e quantias em dinheiro em espécie.