SERPENTÃO

É um instrumento de sopro do grupo 423 (no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais), um aerofone de bocal (também chamado de palheta labial) em que os lábios do executante causam diretamente a vibração do ar.
Datado do século XVI, o serpentão é um instrumento de sopro da família dos metais, com bocal e corpo longilíneo e serpenteado (de onde lhe vem o nome). Foi muito popular durante o século XIX, principalmente em orquestras e bandas militares.
Serpentão é um instrumento de sopro de registro grave, descendente do corneto e um ancestral distante do bombardino / eufônio e da tuba; possui bocal de metal e orifícios semelhantes aos das madeiras. É constituído de um longo tubo sinuoso em forma de serpente, de onde vem o seu nome. O serpentão tem uma relação estreita com o corneto, embora não faça parte desta família, devido à ausência do orifício do polegar. É geralmente construído em madeira, sendo a nogueira a escolha mais popular. O instrumento é recoberto de couro
marrom escuro ou preto. Apesar da construção em madeira e do fato de possuir orifícios ao invés de válvulas, é classificado normalmente entre os metais, tendo sido colocado ao lado do trompete no esquema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais.
A tessitura de um serpentão varia de acordo com o instrumento e o instrumentista, mas normalmente situa-se entre duas oitavas abaixo do Dó central a até pelo menos a metade da oitava acima deste.
CARACTERÍSTICAS:
O Serpentão tem normalmente seis orifícios, divididos em dois grupos de três. Em modelos mais antigos, os orifícios não possuem chaves, tal qual as flautas doces. Modelos mais recentes receberam chaves, como as do clarinete, que servem para cobrir orifícios adicionais que estão fora do alcance dos dedos, enquanto os orifícios originais permaneceram sem chaves e devem ser cobertos e descobertos diretamente pelos dedos do instrumentista.
Como ele não tem o tipo de sistema de digitação rigidamente definido de que dispõem outros instrumentos de sopro, o serpentão requer um esforço extraordinário do instrumentista que tem que selecionar a altura desejada com os lábios, normalmente sobrepondo a nota que o instrumento tende a dar para uma determinada digitação.
