A Associação de Funcionários e Advogados pelos Direitos dos Animais (Afada), uma ONG argentina, obteve um habeas corpus, alegando que as condições de cativeiro eram impróprias. Segundo a organização, este é um recurso jurídico, até agora exclusivamente humano.

Cecília é a única que restou de um conjunto de chimpanzés que residia no zoológico da Argentina. Depois da perda de dois amigos, ela entrou em depressão, segundo a associação. No santuário de Sorocaba, ela será submetida a um período de isolamento e posteriormente inserida em um dos mais de 50 chimpanzés que habitam o local.

A sentença judicial, emitida em novembro de 2016, refere-se aos pontos de vista de Pablo Buompadre, líder da Afada. "A chimpanzé vive numa situação lamentável, confinada a uma jaula com piso e paredes de cimento, incrivelmente pequena para um animal dessa espécie", descreve. Ele também menciona a falta de palha e edredons para proteção. A criação do santuário de Sorocaba data do ano 2000. Trata-se do primeiro e mais extenso dos quatro santuários associados ao Projeto Grandes Primatas (GAP) no Brasil, concebido por Pedro Ynterian. O GAP é um movimento global que advoga pela liberdade de vida dos grandes primatas em seu habitat natural. O santuário conta com duas veterinárias e 20 cuidadores. Além dos mais de 50 chimpanzés, o local abriga outros 250 animais, incluindo felinos, ursos e aves.