De acordo com os dados do MapBiomas divulgados nesta sexta-feira (21), apenas em 2024, o Brasil perdeu 2% de sua superfície de água.
A avaliação indica que o ano anterior ficou 4% abaixo da média histórica, que teve início em 1985, e evidencia que a década atual apresentou oito dos dez anos mais secos já examinados.
O Pantanal, que abriga cerca de 2% da água potável global, é o bioma que mais perdeu área de água em comparação à média histórica: 61%.
Durante todo o ano de 2024, o Pantanal, a maior planície alagada do mundo, ficou abaixo da média histórica.
A Amazônia, responsável por mais da metade da área de água do país (61%), foi atingida por uma seca severa no ano passado, resultando em uma diminuição de 3,6% na quantidade média de água no bioma.
Aproximadamente seis em cada dez (63%) de suas bacias hidrográficas apresentaram perda de superfície de água.
No Cerrado, os cientistas notaram uma inversão na superfície de corpos de água naturais, como rios, lagos e lagoas, e artificiais, como reservatórios e represas.
Em 1985, 63% do bioma era coberto por água natural, percentual que diminuiu para 40% em 2024, enquanto os corpos de água artificiais aumentaram de 37% para 60%.