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MARÇO VERMELHO: COMBATE AO CÂNCER DE RIM
Por Susi Hellen Spindola
Publicado em 18/03/2025 08:34
Saúde

 

O câncer de rim representa 3% das doenças malignas que acometem adultos em todo o mundo e é o segundo câncer mais frequente do sistema urinário, ficando atrás apenas do câncer de bexiga.

O tipo mais comum deste câncer é o carcinoma de células renais, que representa aproximadamente 90% dos casos¹.

Entre os sintomas mais frequentes estão sangue na urina, dor abdominal e perda de apetite.  

O rim também pode ser alvo de metástases de outros tipos de câncer que se originam em órgãos mais distantes, como a mama, a pele, a bexiga e os próprios ductos que transportam a urina até a bexiga, por exemplo. 

O câncer de rim é o 14º câncer mais comum do mundo.

Não à toa que, em 2020, houve mais de 430 mil novos casos e cerca de 179 mil óbitos.

Os homens são os mais atingidos, correspondendo desse total a, aproximadamente, 270 mil casos e 115 mil mortes³ 

Além disso, o número de novos casos de câncer de rim estão aumentando no mundo inteiro nas últimas décadas.

Uma possível razão para isso pode ser o maior acesso a exames de imagem, como tomografia computadorizada, ultrassom e ressonância magnética, que levam à identificação da doença em um estágio precoce e sem sintomas. 

O câncer no rim também pode ser chamado de câncer renal, hipernefroma e adenocarcinoma de células renais. 

O câncer de rim não possui uma causa exata.

Ele surge assim como todos os outros tipos de câncer. “São células normais do corpo humano que, por algum defeito de replicação, sofrem uma falha no DNA e se tornam autônomas, se desenvolvendo e fazendo cópias, dando origem ao tumor”, explica o urologista Danilo Galante Moreno. 

Uma linha de investigação que vem ganhando muita aceitação na comunidade científica é a associação do câncer de rim com a síndrome plurimetabólica.

Nessa condição, o organismo como um todo sofre os efeitos crônicos de sedentarismo, obesidade, estresse, sono de baixa qualidade e alimentação pobre em antioxidantes e rica em carne animal 

Esse quadro mantém níveis cronicamente elevados de cortisol, que é um potente inibidor do sistema de imunidade do corpo, o que favorece a multiplicação descontrolada das células cancerígenas. 

Existem cinco tipos diferentes de câncer de rim. 

São eles:Carcinoma de Células Renais Claras: é o mais tradicional, originado no tubo responsável por filtrar as impurezas do sangue;

Carcinoma Papilar de Células Renais: pequeno e pouco palpável, pode bloquear a urina e vias urinárias, além de causar dor;

Carcinoma Cromófobo de Células Renais: não pode ser visto em exames incolores e reage apenas a corantes azul-escuro ou roxo.

Ele é menos agressivo em relação aos outros; 

Ductos Coletores: tipo raro e agressivo, se origina em uma das estruturas do rim, chamado tubo de Bellini; 

Sarcomatoides: também é raro e agressivo, com características semelhantes às de carcinoma renal de células claras.

O diagnóstico de câncer de rim é, na maioria das vezes, incidental⁵. “[Isso ocorre] em até 90% dos pacientes.

Ou seja, pacientes que fizeram ultrassom ginecológico de rotina, tomografia para investigar outras condições ou ultrassom de abdômen para ver a vesícula e acabam descobrindo sem querer um tumor de rim”, conta Moreno. 

Embora não exista um exame de sangue ou mesmo de urina que possa detectar o câncer de rim, um conjunto de exames podem ser aplicados para a detecção da doença, incluindo:Cistoscopia;

Exames de imagem, como ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética;

Biópsia, com a remoção de uma amostra de tecido do rim, que é enviada e testada em laboratório.

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