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DOR NA RELAÇÃO SEXUAL
Espaço Mulher
Publicado em 04/03/2025

Dor na relação: 16 causas (e o que fazer)

 

 

A dor na relação pode ser causada por diminuição da libido, endometriose, infecções sexualmente transmissíveis (IST's), alergia ao látex do preservativo, fimose ou inflamação da próstata, por exemplo, e afetar mulheres e homens.

 

Dependendo da sua causa, a dor na relação pode estar acompanhada de ardência na região íntima, coceira, irritação, feridas, corrimento vaginal, secreção no pênis, ou dor ou ardor ao urinar.

 

É importante consultar o ginecologista, no caso das mulheres, ou urologista, nos casos dos homens, sempre que a dor na relação esteja acompanhada de outros sintomas, para que seja identificada a causa e indicado o tratamento mais adequado.

As principais causas de dor na relação são:

 

1. Diminuição da libido

 

A diminuição da libido é uma das principais causas de dor na relação e ardência, principalmente nas mulheres, pois leva à diminuição da lubrificação vaginal, o que torna a penetração mais dolorosa. 

 

A diminuição da libido pode acontecer devido a diversos fatores, sendo os principais o excesso de estresse, que além de diminuir a lubrificação dificulta a excitação, uso de anticoncepcionais, antidepressivos e anti-hipertensivos, ou problemas conjugais, por exemplo.

 

O que fazer:

é recomendado consultar o ginecologista para que se possa identificar a causa da diminuição da libido e, no caso de ser devido ao uso de medicamentos, pode ser indicada a troca ou suspensão do medicamento.

 

Além disso, o apoio de um psicólogo é fundamental, já que assim é possível que se possa aliviar o estresse ou encontrar estratégias para resolver os conflitos do casal.

 

2. Alergias

 

Algumas alergias, como a dermatite de contato, pode ser provocada pelo uso de sabonetes íntimos ou lubrificantes, por exemplo.

 

Isso pode levar ao surgimento de sintomas, como coceira, inchaço, vermelhidão ou feridas na região íntima da mulher ou do homem, causando desconforto e dor durante a relação sexual.

O que fazer: 

é recomendado evitar o uso de produtos que possam ser irritantes para a região íntima e consultar o ginecologista ou urologista para iniciar o tratamento mais adequado, que pode ser feito com podendo incluir corticoides e antialérgicos, por exemplo. 

 

3. Alterações hormonais

 

A dor na relação sexual em mulheres pode surgir devido a alterações hormonais, especialmente de estrogênio, o que leva a uma diminuição da libido e redução da lubrificação vaginal, podendo causar dor durante o contato íntimo.

 

A alteração dos níveis de estrogênio é mais comum de surgir em mulheres que estão entrando na menopausa, mas também pode surgir no pós parto ou na amamentação, por exemplo.

O que fazer:

a dor causada pelas alterações hormonais e que tem como consequência a diminuição da lubrificação, pode ser aliviada com o uso de lubrificantes íntimos.

 

No entanto, é importante consultar o ginecologista para que seja feito o diagnóstico, no caso da mulher ter entrado na menopausa, o médico pode indicar a terapia de reposição hormonal ou uso de antidepressivos, por exemplo.

 

4. Endometriose

 

A endometriose é uma condição inflamatória crônica na mulher causada pelo crescimento anormal de células do endométrio fora do útero, que pode se aderir aos intestinos, ovários, trompas de Falópio ou bexiga, além da parte de trás da vagina ou parte inferior do útero, e causar dor durante a penetração ou após o contato íntimo.

O que fazer: a endometriose deve ser tratada com orientação do ginecologista, que pode indicar o uso de anticoncepcionais ou colocação do DIU Mirena, anti-inflamatórios para aliviar as cólicas, ou nos casos mais graves, cirurgia. 

 

5. Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)

 

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a tricomoníase, herpes genital, clamídia ou gonorreia, são as principais causas de dor durante a relação sexual, tanto em mulheres como em homens. 

 

Essas infecções, além de causarem dor durante a relação sexual, levam ao aparecimento de outros sintomas, como coceira, sensação de queimação na região íntima, corrimento vaginal, secreção no pênis, aparecimento de feridas ou manchas na região genital.

 

O que fazer: 

o tratamento da IST deve ser orientado pelo ginecologista ou urologista e varia de acordo com o tipo de microrganismo, sendo geralmente indicado o uso de antibióticos.

 

Além disso, é importante manter a região genital sempre limpa, urinar após as relações sexuais e evitar o contato sexual sem camisinha.

 

6. Infecções urinárias

 

As infecções urinárias, como cistite ou uretrite, por exemplo, além de queimação e dor ao urinar, também podem causar dor durante a relação sexual.

 

Essas infecções geralmente são causadas por bactérias que entram no trato urinário através da uretra, podendo alcançar a bexiga, os ureteres ou os rins, por exemplo.

 

O que fazer:

deve-se consultar o ginecologista ou urologista para que seja iniciado o tratamento, que depende do microrganismo identificado como causador da infecção, podendo então ser indicado o uso de antibióticos ou antifúngicos.

 

7. Pós-parto

 

O período de pós-parto pode ser muito desconfortável para a mulher, especialmente após um parto natural devido às lesões que podem ter surgido na região íntima.

 

Além disso, o sangramento que ocorre depois do parto pode durar várias semanas, tornando o contato íntimo desconfortável.

 

O que fazer:

é recomendado voltar a ter relações sexuais depois das 3 semanas de pós-parto pois existe menos risco de infecção e o sangramento é menor, porém, a mulher que deve decidir quando se sente mais confortável para voltar a ter contato íntimo.

 

8. Vulvovaginite

 

A vulvovaginite é uma inflamação na vulva e na vagina em mulheres, que pode acontecer devido a infecções por fungos ou bactérias, alergias, alterações na pele ou ser consequência da menopausa ou gravidez, por exemplo.

 

Isso leva ao surgimento de sintomas como vermelhidão, inchaço ou coceira, que podem causar à desconforto ou dor durante a relação.

 

O que fazer: deve-se consultar o ginecologista para diagnosticar a vulvovaginite e identificar sua causa. No caso da vulvovaginite ter sido causada por infecções, o médico pode indicar o uso de antibióticos ou antifúngicos, por exemplo

 

9. Candidíase vaginal

 

A candidíase vaginal é uma das infecções mais comuns nas mulheres causada por um desequilíbrio da microbiota vaginal, favorecendo o crescimento excessivo do fungo Candida albicans, que vive normalmente na pele da região íntima, e causar dor ou ardência durante a relação.

 

Além disso, outros sintomas comuns da candidíase vaginal são coceira intensa, vermelhidão, inchaço e corrimento branco, com aspecto de leite coalhado.

O que fazer:

o tratamento da candidíase deve ser feito com orientação do ginecologista, que geralmente indica o uso de antifúngicos na forma de pomadas ou comprimidos, como miconazol, fluconazol ou itraconazol, por exemplo.

 

10. Vaginismo

 

O vaginismo é a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico da mulher, não permitindo a penetração vaginal durante o contato íntimo ou causando dor durante a relação.

O vaginismo pode acontecer em qualquer fase da vida da mulher e pode ter causas físicas ou psicológicas, como medo de engravidar, abuso sexual ou doenças do trato urinário, por exemplo.

O que fazer:

deve-se consultar o ginecologista para que o vaginismo seja diagnosticado. Dessa forma, o médico pode indicar o tratamento mais adequado que pode ser feito com terapia cognitivo-comportamental, exercícios pélvicos ou uso de remédios. 

 

11. Alterações no útero

 

Algumas alterações no útero, como prolapso uterino, útero invertido, adenomiose, fibrose uterina ou até cistos no ovário, podem causar dor antes, durante ou após a relação sexual.  

O que fazer:

deve-se fazer o tratamento orientado pelo ginecologista, que varia de acordo com a condição a ser tratada. 

 

 

 

 

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