20 fatos sobre o Chevrolet Monza

O último Monza saiu da linha de montagem nesta quarta-feira, 21 de agosto de 1996, coberto de mensagens carinhosas, escritas de próprio punho por pessoas dos diversos setores envolvidos na produção do sedan, como "Duas palavras brasileiras, Monza e Saudade", e "Quem não gosta de Monza, bom sujeito não é; não entende de carro ou não sabe o que quer.
1.
Conhecido como Projeto J, o Monza começou a ser trabalhado pela Chevrolet no fim dos anos 1970.
A base do Kadett C de 1979 foi utilizada para os testes de rodagem.

2.
O Monza tem sua origem ligada ao Opel Ascona de terceira geração.
Pela possível associação a asco (nojo), a GM rejeitou o nome do carro europeu para o Brasil.
O batismo italiano remete ao famoso circuito utilizado pela Fórmula 1.

3.
A estreia do Monza ocorreu em março de 1982.
Com carroceria hatch de três portas, ele se tornava o primeiro veículo da GM com motor transversal e tração dianteira.
Carburado, o 1.6 a etanol rendia 72 cv e o a gasolina, 73 cv.
O câmbio era manual de quatro marchas.
4.
A versão sedã surgiu em 1983, com carroceria de duas e quatro portas.
O motor era 1.8, ainda com carburador simples, de 86 cv e 14,5 kgfm.
Ele tinha 4,36 metros de comprimento e 2,57 m de entre-eixos.
Como comparação, o Chevrolet Cobalt mede 4,48 m e seu entre-eixos é de 2,62 m.
5.
A Chevrolet cogitou uma versão perua do Monza, mas o projeto nunca saiu do papel.
6.
No dia 21 de fevereiro de 1984, a Chevrolet anunciou a produção do Monza de número 100 mil.
7.
Por três anos seguidos, de 1984 a 1986, o Monza foi o carro mais vendido do Brasil.
Em 1 de agosto de 1985, era produzida a unidade de número 200 mil.
8.
Em 1985, o Monza entrou na "Fase 2", que nada mais foi do que uma leve reestilização. Entre as alterações, havia nova grade, retrovisores, lanternas, calotas e uma cabine bem mais requintada, com direito a volante de quatro raios, encostos de cabeça, painel com conta-giros e voltímetro, etc.
9.
O Monza S/R 1.8 S, lançado em 1985, foi o primeiro modelo esportivo da Chevrolet desde o Chevette S/R de 1981.
Com direito a bancos Recaro e alavanca de câmbio mais curtinha, o hatch trazia um motor 1.8 de 106 cv com carburador de corpo duplo.
Essa versão (e todas as demais com carroceria hatch) deixou de ser fabricada em 1988.

10.
Versão de luxo, o Monza Classic surgiu em abril de 1986.
Entre seus diferenciais estava a pintura em duas tonalidades, as rodas raiadas e os faróis de neblina. Com carburador duplo, seu motor 1.8 rendia 99 cv.

11.
Tricampeão do Carro do Ano.
O Monza faturou o prêmio da Autoesporte em 1983, 1987 e 1988.
12.
Em 1987, tanto o sedã quanto a versão hatch S/R ganharam motor 2.0 de 110 cv e 17,3 kgfm.
13.
Em 1990, o Monza inovou ao ser o primeiro carro da GM com injeção eletrônica de combustível.
A tecnologia foi adotada na série especial 500 EF, feita em homenagem à vitória de Emerson Fittipaldi na edição daquele ano das 500 Milhas de Indianápolis.
14.
Quem nunca ouviu falar no Monza Tubarão?
Esse apelido passou a acompanhar o modelo a partir de 1991, quando o sedã sofreu sua maior reestilização.
15.
Ao longo de sua trajetória, o Monza teve algumas séries limitadas:
Monza Barcelona (em alusão aos Jogos Olímpicos de 1992), Monza Hi Tech (tecnológico, com freios a disco nas quatro rodas e ABS, além de quadro de instrumentos digital), Monza 650 (comemorativa das 650 mil unidades desde o lançamento do carro), Club (alusiva à Copa do Mundo) e Class (uma configuração intermediária entre a GL e a GLS).
16.
Diferentemente de outros modelos do início dos anos 1990, o Monza nunca foi equipado com catalisador, em função da eficiência de seu cabeçote de fluxo cruzado e da injeção eletrônica, adotada em 1992.
17.
Além do Brasil, países como Chile, Venezuela, China, Colômbia e Uruguai comercializaram o Monza.
18.
Quem não lembra do alarme-chaveiro magnético do Monza?
Para acionar o dispositivo, era preciso encostar o controle no vidro do carro, próximo à coluna A.
19.
Em 14 anos de vida, o Monza totalizou 857.810 vendas no Brasil.
Com o Vectra no mercado, já não havia mais espaço para o veterano.
20.
Em 2013, a Opel mostrou no Salão de Frankfurt um conceito batizado de Monza.
A homenagem ao clássico ficou mesmo só no nome, já que o visual do lançamento era totalmente futurista, com direito a portas do tipo asa de gaivota.