A volta de Donald Trump à Casa Branca já está transformando a configuração da política externa dos Estados Unidos, colocando o Brasil em uma encruzilhada diplomática de grande complexidade. Em menos de três semanas no cargo, Trump mostrou que seu segundo mandato pode ser ainda mais revolucionário que o primeiro, especialmente para nações que, como o Brasil, precisam balancear suas relações com diversos centros de poder global.
As primeiras medidas de Trump são reveladoras: a suspensão de auxílio externo, ameaças de intervenção contra aliados e uma política comercial agressiva que não deixa de fora nem vizinhos próximos como México e Canadá. Para o Brasil, essa situação demanda uma avaliação minuciosa do que está em jogo nas relações bilaterais.Para o Brasil, membro dos Brics e um importante parceiro comercial da China, essa atitude pode gerar dificuldades consideráveis.
Contudo, a situação não é totalmente adversa. O Brasil detém recursos estratégicos que podem ser de interesse para a gestão Trump: vastas reservas de minerais vitais e terras raras, uma matriz energética variada que varia dos combustíveis fósseis ao hidrogênio verde, e uma posição geopolítica vantajosa para moldar a dinâmica regional.