
O lúpus é uma doença crônica, sem cura, tal qual a hipertensão, diabetes, a insuficiência cardíaca e as doenças reumatologicas. O controle é feito com os seguintes medicamentos:
Esteroides: Hormônios sintéticos, cópias do hormônio cortisona, produzido pela glândula supra-renal. Atuam contra a inflamação;Anti-inflamatórios não esteroides: Tratam a fadiga e a febre. Seu efeito colateral é a intolerância estomacal;Imunossupressores: Diminuem a ação do sistema imune. O médico deve analisar se não existem remédios que possam ser usados no lugar dos imunossupressores, devido os inúmeros efeitos colaterais;Antimaláricos: Controlam a artrite e os problemas de pele. O efeito colateral desse medicamento são as alterações na visão. Seu uso deve ser monitorado pelo oftalmologista.A ciência ainda não chegou à conclusão sobre suas causas. Entretanto, sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais e até mesmo emocionais estão envolvidos.Dentre as questões ambientais, destacamos a radiação solar. Os indivíduos geneticamente predispostos são mais sensíveis aos raios ultravioletas, especialmente no período das 10 às 15 horas. Estudos realizados pelo Hospital das Clínicas de São Paulo concluíram que a primeira manifestação da doença geralmente ocorre após exposição solar, principalmente na praia.
Nas questões emocionais, a perda de um parente próximo ou o término de um relacionamento amoroso, ou qualquer outro acontecimento negativo são fatores que podem contribuir para a potencializar os efeitos da doença.A incidência do lúpus é maior em mulheres, elas representam 90 % dos casos. A maioria dos diagnósticos acontece entre os 15 e 40 anos. São raros os casos de lúpus em meninas que ainda não menstruaram. Nos Estados Unidos, observa-se que as negras são as mais atingidas. Mulheres hispânicas também estão mais propensas a doença. No Brasil, há um equilíbrio de casos entre brancas e negras. Segundo Kopersztych, há uma relação entre o sistema de imunidade (defesa do organismo) com o sistema endócrino. O estrogênio (hormônio feminino) é autoformador de anticorpos, a testosterona (hormônio masculino) é baixo produtor. Nas mulheres portadoras de lúpus, os autoanticorpos são produzidos em excesso. Ainda de acordo com Kopersztych, a administração de hormônios masculinos nas mulheres não surte efeito terapêutico relevante, e ainda masculiniza aparência.
Estima-se que cerca de 5 milhões de pessoas ao redor do mundo sejam portadoras de Lúpus, mas, mesmo assim, ainda pouco se sabe sobre esta doença. Ela é um mistério até mesmo para a classe médica e científica.No entanto, algumas características podem ser definidas e devem ser difundidas para que exista cada vez mais conhecedores sobre este mal.
Abaixo separamos 8 fatos relacionados ao Lúpus para que você tenha mais informações sobre o assunto.
Confira:
1- Portadores de lúpus sentem como se fossem acometidos por diversas doenças diferentes
Isso acontece porque o é uma doença autoimune sistêmica. O “autoimune” significa que é um ataque do corpo contra si mesmo, ao tentar-se defender do que ocasiona a doença, ele acaba fazendo o inverso e acabando com suas defesas. O “sistêmica” significa que a doença afeta diversos sistemas e órgãos diferentes, o que faz com que os pacientes tenham problemas dos mais diversos fins.
2- Manchas na pele, dores articulares e febre constante é o que leva os pacientes ao médico
São estas as principais reclamações iniciais de um paciente com lúpus. Ao chegar no médico ou no pronto socorro com estes sintomas pode-se fazer um diagnóstico hipotético, mas apenas após uma série de exames (principalmente de sangue) e consultas com um reumatologista é que se fecha o diagnóstico.
3- Os sintomas diferem entre os pacientes
O lúpus é uma doença tão repleta de particulares que pacientes portadores da mesma doença podem apresentar sintomas completamente diversos ou até mesmo não apresentar nenhum sintoma.
4- As causas da doença ainda não foram descobertas
As hipóteses de que o Lúpus seria causado por um vírus ou tivesse origem genética já foram descartadas, porém ainda não se chegou em uma causa específica para esta doença. Só é sabido que a doença tende a afetar mulheres em período fértil e de pele branca. Outras doenças autoimunes também podem ajudar a desencadear este mal.
5- O Lúpus não compromete a fertilidade
Apesar de não ser indicado a gravidez durante o tratamento com a doença ativa, assim que a doença estiver controlada e em remissão é possível engravidar. Só há necessidade de que a decisão seja tomada em conjunto com seu ginecologista.
6- O nome Lúpus vem de “lobo”
Uma das características mais frequentes dos portadores de lúpus é ter uma mancha na face que remete ao desenho clássico de um lobo, apesar de também ser muito semelhante a asas de borboleta.
7- Não existe cura, mas há controle
Apesar de constantes estudos e busca por parte dos cientistas, ainda não foi encontrada uma cura definitiva para o lúpus, porém existem formas eficazes e avançadas de tratamento que garantem uma boa qualidade de vida aos pacientes.
8- Lúpus é sempre uma suspeita
Os médicos sempre deixam o lúpus como uma hipótese de diagnóstico, afinal por não ser uma doença com sintomas específicos, causa descoberta e situações clássicas, sempre há possibilidades de o paciente apresentá-la.
Existem três tipos de lúpus. Confiram as particularidades de cada uma:
Lúpus discoide
No lúpus discoide, a inflamação está restrita à pele. Lesões cutâneas avermelhadas na pele são os sinais que identificam essa modalidade, que pode evoluir para o lúpus sistêmico.
Lúpus sistêmico
No lúpus sistêmico também há lesões cutâneas, mas, outras partes do corpo também são atingidas. Articulações, coração, rins, pulmões e até o sangue.
Lúpus induzido por drogas
Certos antibióticos, medicamentos para controlar convulsões e pressão alta podem provocar uma inflamação temporária, cujos sintomas são similares ao lúpus sistêmico. Eles desaparecem com a suspensão dos medicamentos.
Como diagnosticar o lúpus?
Era muito difícil diagnosticar. Como o lúpus atinge as articulações dos membros superiores, punho, cotovelo, ombro e dedos das mãos, os pacientes procuram o reumatologista.O Dr. Samuel Kopersztych, explica que isso mudou em 1971, quando a Sociedade Americana de Reumatologia estabeleceu onze critérios de diagnóstico. Essa mesma resolução determinou que as mulheres devem apresentar pelo menos quatro sintomas para o diagnóstico de lúpus ser confirmada.
Confiram alguns critérios determinados pela instituição:
Lesões orais significativas. Na fase inicial surgem úlceras na boca. Mucosite, uma lesão inflamatória causada por fatores como a estomatite aftosa de repetição.
Lesões avermelhadas com aspecto de asa de borboleta. Ao contrário do que se pensa, não é o critério mais importante no diagnóstico.
Fotossensibilidade. O médico precisa investigar se o paciente já teve problemas relacionados à exposição solar.
Dor nas juntas, de caráter não inflamatório. Ela se manifesta nos membros superiores, de apenas um lado do corpo, migrando de uma articulação para outra. Essa dor não apresenta os três sinais de uma inflamação, calor, vermelhidão e inchaço. Entretanto, em alguns casos, tais características podem aparecer.
Hipertensão arterial, isso denuncia um processo inflamatório nas membranas das estruturas dos sistemas de filtração do sangue que passa pelos rins.
Lesão cerebral, cujo primeiro indício é uma convulsão, um ataque epilético que pode deixar a possibilidade de lúpus para segundo plano.
Critério imunológico, o que faz os pacientes apresentarem um falso positivo para sífilis e manifestarem a síndrome anticoagulante lúpica, caracterizada por trombose, embolias e abortos de repetição. Por isso, as portadoras de lúpus precisam ser informadas sobre os riscos de uma gravidez. Mas, há 80% de chances de a doença piorar.
Consulte o médico que ministra o tratamento contra o lúpus e também o ginecologista.Os sintomas podem surgir do nada, ou de forma progressiva. Podem ser moderados ou graves, temporários ou permanentes. Geralmente, os portadores apresentam sintomas moderados, manifestados em crises esporádicas, nas quais os sintomas ficam um pouco mais intensos, mas, que depois desaparecem.
Os sintomas comuns do lúpus são:
- Sensibilidade à luz do sol
- Lesões no rosto, nuca, pescoço, antebraços e couro cabeludo. No rosto, as lesões assemelham-se uma asa de borboleta
- Fadiga
- Febre
- Dor nas articulações
- Rigidez e inchaço nos músculos
- Dor no peito ao inspirar profundamente
- Dor de cabeça
- Confusão mental e perda de memória
- Dor nos dedos quando está frio
- Queda de cabelo
- Feridas na boca
Existem também sintomas específicos que variam de acordo com a parte afetada:
- Coração: ritmo cardíaco anormal
- Pulmão: dificuldade para respirar e tosse com sangue
- Trato digestivo: náuseas, vômitos e dor abdominal
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