O Brasil registrou 1,17 milhão de crianças e jovens sem aulas em decorrência de catástrofes climáticas, principalmente em razão das inundações no Rio Grande do Sul. A situação afetou seriamente a educação em várias partes do mundo, onde aproximadamente 242 milhões de alunos em 85 países sofreram interrupções nas aulas por causa de fenômenos climáticos extremos, como ondas de calor, ciclones, tempestades, inundações e estiagens, de acordo com o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).Em abril, houve um fechamento generalizado de escolas em Bangladesh, Filipinas e Camboja, devido a temperaturas extremas, com algumas áreas atingindo 47°C.
Em nações como o Afeganistão, as inundações repentinas causaram danos a mais de 110 escolas, piorando a condição da educação.
O efeito se intensificou em setembro, mês que marca o começo do ano escolar no hemisfério norte. Em pelo menos 16 nações, as aulas foram interrompidas devido a eventos climáticos, como o tufão Yagi, que afetou 16 milhões de estudantes na Ásia Oriental e no Pacífico.O efeito dos fenômenos climáticos na educação ultrapassa o encerramento de instituições de ensino. A pesquisa indica que a suspensão prolongada das aulas pode levar ao abandono escolar, ao crescimento do risco de trabalho infantil e ao casamento precoce, especialmente em países de renda baixa e média, onde a maior parte dos alunos impactados residia.
A Unicef adverte que muitas escolas e sistemas de ensino não estão equipados para lidar com esses desafios. A ausência de uma infraestrutura robusta e de investimentos financeiros apropriados intensifica a situação.