O que é a terapia ocupacional?

A terapia ocupacional, como explica o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), é uma “profissão de nível superior voltada ao estudo, à prevenção e ao tratamento de indivíduos com alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psicomotoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas”.

O objetivo, aqui, é ajudar o paciente a conquistar sua independência e autonomia, apesar das limitações. Para isso, uma série de atividades são planejadas para que ele consiga exercer tarefas simples, porém, essenciais. São exemplos: alimentar-se, vestir-se, tomar banho, arrumar a cama, participar de eventos sociais etc.

Mitos e verdades sobre a terapia ocupacional

1. A terapia ocupacional é repetitiva e tediosa

Mito (e dos grandes)! Uma das maiores belezas da terapia ocupacional é que ela abrange uma variedade imensa de pacientes que, por sua vez, vêm de realidades diferentes e, ainda por cima, possuem objetivos, desafios e limitações diversas.

Sendo assim, é claro que o plano de tratamento para cada pessoa será individualizado e, mais importante que isso: diversificado. Afinal, existem várias maneiras de se explorar/desenvolver certas ocupações. Tudo depende, no fim das contas, das características e das demandas de cada quadro.

2. Os terapeutas ocupacionais só trabalham em hospitais

Por ser um trabalho muito dinâmico e prático, o terapeuta ocupacional é capaz de trabalhar em muitos ambientes e em diferentes contextos. É claro que você vai encontrá-los em hospitais, assim como em casas de repouso e instalações de enfermagem. No entanto, é possível contar com um TO em lugares como, por exemplo, escolas, empresas, presídios, centros de reabilitação e até mesmo dentro de casa.

3. Terapia ocupacional é só para idosos

Um mito extremamente comum sobre a TO é o de que ela foi pensada e desenvolvida apenas para os idosos. No entanto, essa é uma profissão que tem como principal objetivo ajudar o paciente a superar seus desafios e limitações, independentemente da idade e do quadro. Para isso, uma série de adaptações, atividades e condutas são planejadas para que suas necessidades sejam supridas.

Uma pessoa pode, então, tirar proveito da terapia ocupacional para desenvolver suas habilidades motoras finas, estimular suas capacidades cognitivas e se reintegrar na sociedade. Mais uma vez, tudo depende das necessidades e objetivos de cada paciente.

4. Os terapeutas ocupacionais, quando atendem crianças, limitam-se apenas a brincar com elas

Esse é um mito que precisa de muito cuidado. Afinal, as crianças aprendem, de fato, brincando. No entanto, quando se trata de terapia ocupacional, essa forma de entretenimento é pensada não apenas para divertir o paciente, mas para trabalhar com ele uma série de habilidades e tarefas.

Sendo assim, quando usamos um quebra-cabeças, por exemplo, estamos explorando diversas capacidades como as motoras, as mentais e as visuais. Isso vale para uma série de passatempos e esportes, então, nunca subestime uma boa (e planejada) farra! E lembre-se: explorar o lúdico é essencial para o crescimento e desenvolvimento dos pequenos!

5. Terapia ocupacional e fisioterapia são a mesma coisa

Uma coisa que muitas pessoas não entendem é que terapia ocupacional e fisioterapia são coisas diferentes. Vamos então, de uma vez por todas, entender estes conceitos?

A fisioterapia é focada no movimento amplo e na recuperação da força, enquanto a terapia ocupacional tem como principal objetivo ajudar o paciente a ganhar mais independência, permitindo que ele execute tarefas diárias simples como vestir-se, arrumar a cama, tomar banho, ir até o trabalho, socializar-se e por aí vai.