A reunião planejada pelo gabinete de segurança de Israel para aprovar um acordo de cessar-fogo e troca de reféns e prisioneiros com o Hamas em Gaza foi adiada. Nesta quinta-feira (16/1), o premiê Benjamin Netanyahu acusou o Hamas de buscar "concessões de última hora" em determinados pontos do acordo. O escritório de Netanyahu afirmou que "o Hamas nega partes do acordo firmado com os mediadores e Israel, numa tentativa de extorquir concessões de última hora". O gabinete de Israel não se reunirá até que os mediadores informem Israel que o Hamas concordou com todos os aspectos do acordo. Os dados provêm do jornal The Guardian.
Como será o cessar-fogo
O cessar-fogo entre Israel e Hamas era discutido desde agosto de 2024, com a mediação do Catar, Estados Unidos e Egito.
O plano, anunciado nessa quarta-feira (15/1), será implementado em três fases.
Na primeira delas, que deve durar 42 dias, reféns sequestrados pelo Hamas devem ser trocados por palestinos presos em Israel.
A expectativa é de que as Forças de Defesa de Israel (FDI) também iniciem o processo de desocupação da Faixa de Gaza.
A primeira fase do cessar-fogo, segundo comunicado conjunto divulgado pelo Catar, EUA e Egito, vai durar 42 dias. Neste estágio, cerca de mil palestinos presos por forças israelenses serão liberados em troca de 33 reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza desde outubro de 2023.
A devolução de reféns está agendada para seis dias durante o período de cessar-fogo, iniciando no domingo, quando três prisioneiros em Gaza serão libertados. Na semana final do cessar-fogo, 14 reféns serão devolvidos. Estima-se que existam 97 reféns, tanto mortos quanto vivos, no território palestino.