Neste sábado (14), os parlamentares sul-coreanos ratificaram a destituição do presidente Yoon Suk Yeol. A decisão acontece menos de duas semanas depois que ele decretou e revogou, em menos de seis horas, uma lei marcial que tinha como objetivo limitar direitos civis. Yoon já havia enfrentado outra proposta de impeachment no sábado passado, porém, apenas dois parlamentares do partido do governo apoiaram o impeachment - eram necessários oito votos, que foram obtidos neste dia.
O processo de votação iniciou pouco após as 4h deste sábado. Dos 300 parlamentares, 204 concordaram com o impeachment de Yoon Suk Yeol - era necessário um mínimo de 200 votos -, 85 parlamentares se posicionaram contra a decisão, três se abstiveram e oito votos foram considerados nulos.
O QUE ACONTECE AGORA?
Com o impeachment aprovado, o presidente deixa o posto imediatamente, e o primeiro-ministro Han Duck Soo assume de forma interina.
Agora, o Tribunal Constitucional sul-coreano tem até seis meses para realizar um julgamento para confirmar ou rejeitar o pedido de impeachment, ouvindo evidências para determinar se o presidente violou a lei.
A Corte, que normalmente é composta por nove juízes, atualmente tem apenas seis em exercício, com três cargos a serem preenchidos. A princípio, há a exigência de sete juízes para deliberar casos, mas ainda não está claro o que irá ocorrer nesse caso.
Caso o impeachment seja confirmado, uma nova eleição presidencial tem que acontecer dentro de 60 dias.