O comércio ilegal de aranhas movimenta milhões de dólares, oferecendo inclusive a possibilidade de vendas parceladas - há espécies que podem ser comercializadas por R$ 1,2 mil - e a organização de rifas.
Segundo especialistas e colecionadores, existem pelo menos dois elementos que podem justificar a força desse mercado ilegal em expansão.
Um aspecto é a penalidade reduzida: menos de cem multas emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nos últimos 20 anos mencionam a palavra "aranha" ou "aracnídeo", sendo a maioria de baixo custo (exceto em situações com grande quantidade de animais confiscados).
Outra razão é a conveniência de adquirir esses animais pela internet, particularmente em grupos de grande popularidade no Facebook e WhatsApp.
Os grupos do Whatsapp possuem mais de 100 integrantes e centenas de mensagens trocadas diariamente. Lá, há uma mistura de animais: aranhas, serpentes, escorpiões e até ouriços.
Nestes grupos, os membros também trocam experiências, fotografias de seus próprios animais e esclarecem questões sobre espécies.
Em comunicado, o Butantan afirmou que "todo o procedimento ocorre de maneira legal e leal por parte do instituto e da entidade ambiental do Estado de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, uma vez que o criadouro possui a documentação requerida".