O Chevrolet Opala é um carro icônico e com uma história fascinante. Desde seu lançamento no Brasil em 1968, o Opala conquistou o coração dos entusiastas automotivos e se tornou um verdadeiro ícone da indústria automobilística brasileira. Com seu design elegante, desempenho esportivo e uma gama de opções de carroceria e motorização, o Opala deixou sua marca na cultura automotiva do país.
Origens do Opala
O Opala teve suas raízes no Opel Rekord, um carro alemão de grande sucesso nos anos 1960. A General Motors, proprietária da Opel na época, decidiu trazer o modelo para o mercado brasileiro e adaptá-lo às condições locais. Assim, em 1968, o Chevrolet Opala foi lançado como um carro de luxo no Brasil.
1968 Standard e Luxo
Com faróis redondos e pequenas lanternas quadradas, a primeira geração do quatro portas é lançada com motor quatro cilindros (2.5 litros) ou seis cilindros (3.8 litros), câmbio três marchas na coluna do volante e opcionais como freios a disco e teto em vinil.
1971 Gran Luxo
A versão topo de linha foi a primeira a trazer câmbio no assoalho de quatro marchas na configuração esportiva SS. O modelo esportivo teve versões quatro portas e cupê, de quatro e seis cilindros, sendo que esta foi a primeira a receber o icônico motor 250 de 4,1 litros. Além disso, contou com diversos atrativos, como o primeiro câmbio de quatro marchas no assoalho, volante três raios e faixas esportivas
1975 Comodoro
Estreando a clássica traseira com quatro lanternas redondas, com detalhes em jacarandá, uma listra na linha de cintura, meio-teto em vinil (o famoso teto Las Vegas, na versão cupê) etc., a versão substituiu a Gran Luxo como topo de linhaCaravanDisponível apenas com duas portas, a station wagon foi lançada com as mesmas opções de acabamento e motorização que o Opala
1980 Diplomata
Na reforma em que o Opala estreia com faróis quadrados e lanternas retangulares, além do emblemático volante quadriculado, o novo topo de linha causa frisson ao trazer direção hidráulica, ar-condicionado e interior em curvim de série
1985 Caravan
DiplomataA station wagon estreou em sua versão mais luxuosa, com faróis auxiliares e lanternas traseiras em três cores1988SL, SL/E e SECom o fim da versão cupê, o sedã e a Caravan recebem sua nova versão de entrada, a SL; a intermediária passa a se chamar Comodoro SL/E e a principal, Diplomata SE. Os faróis adquirem formato trapezoidal e, entre as duas lanternas do Opala, é inserido um painel de plástico que dá a impressão de continuidade entre as duas peças
1991 Último
Um ano antes de sair de linha, o modelo passa por uma reestilização sutil, porém, impactante, com lanternas nas cores preto e vermelho, faróis octavados, rodas de liga-leve e volante liso; a versão 6 cilindros passa a contar com câmbio de cinco marchas.
1992 Collectors
Ainda antes de dar adeus, o Opala ganhou uma edição de despedida, com 100 unidades fabricadas, nas cores azul, preto e vermelho. Acompanhava uma pasta de couro contendo carta de apresentação, uma revista e uma fita VHS contando a história do modelo, além de caneta e chaveiros estilizados.
Extra:
- O Opala 1968 tinha um consumo variando entre 4,0 e 9,0 km/l e uma capacidade de tanque de gasolina de 54 litros. Inicialmente, o modelo foi lançado com um motor de seis cilindros em linha de 4,1 litros, posteriormente reduzido para 3,8 litros devido a regulamentações de consumo de combustível.
- O Opala 1992 tem um consumo de 6,8 km/l na estrada e 4,2 km/l na cidade1. A autonomia urbana é de 355 km e rodoviária de 601 km2. A versão Opala Diplomata 4.1 AT faz 6,6 km/l na estrada.
- Em 22 de agosto de 1976, Juscelino Kubitschek viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro no banco de trás de seu Opala, quando sofreu um acidente fatal. O carro, que o ex-presidente chamava de Platão, era conduzido por Geraldo Ribeiro, motorista particular de JK por 30 anos, que também não resistiu aos ferimentos decorrentes da tragédia e morreu. Segundo a perícia, o automóvel seguia pela rodovia Presidente Dutra, na altura do quilômetro 165, próximo à cidade de Resende, quando foi atingido por um ônibus. Desgovernado, o veículo cruzou o canteiro de segurança em alta velocidade e se chocou contra uma carreta na contramão, antes de ser arrastado por 30 metros. O carro ficou destruído, conforme mostrou reportagem de Glória Maria para o Jornal Nacional, no dia seguinte à tragédia.