No ano passado, o El Niño, que é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, contribuiu para a ocorrência de calor intenso sobre o Brasil durante o mês de novembro.
Na época, a cidade mineira de Araçuaí apresentava termômetros de 44,8°C, a maior temperatura registrada no Brasil em mais de 100 anos de medições meteorológicas do Instituto Meteorológico Nacional (Inmet).
A cidade de São Paulo atingiu 37,7°C, a temperatura mais alta para um dia de novembro e a segunda mais alta registrada na capital paulista desde 1943.Até o momento, o oposto é observado em novembro de 2024. Este mês não é El Niño, mas sim La Niña, que é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico. Apesar disso, a temperatura do mar ao longo da costa peruana está ligeiramente abaixo do normal, o que contribui para o padrão de chuvas e temperaturas na América do Sul nesta época do ano.
A tendência de resfriamento ajuda a criar corredores de umidade sobre o Brasil que trazem ar úmido do norte para o centro-oeste e sudeste. Além disso, a nebulosidade e as chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e partes do Sul impedem o aquecimento excessivo do ar.
A chuva deverá continuar em grande parte do país até pelo menos o início da segunda quinzena deste mês. Com muita precipitação e nebulosidade, as temperaturas extremas devem dar uma pausa.