Segundou e vamos de leitura nova? Seguem as dicas:
Ariana, a Mulher(1936)
Neste volume, o leitor tem reunidos Forma e exegese (1935) e Ariana, a mulher (1936), o segundo e o terceiro livro de Vinicius de Moraes, respectivamente. Forma e exegese foi publicado quando Vinicius tinha apenas 22 anos. Mas se o jovem poeta já chamara a atenção da crítica com seu primeiro livro, O caminho para a distância (1933), o segundo trouxe a consagração ao receber o prestigioso prêmio da Sociedade Felipe d’Oliveira. Ariana, a mulher é um único e longo poema que põe em cena, como num transbordamento, o mundo emotivo e existencial de um sujeito. O texto se inicia com o relógio “batendo soturnamente a Meia Noite” e termina com o mesmo relógio “parado sobre a Meia Noite”. É nesse mundo estagnado, morto, que o poeta clama por Ariana. Mas ela não é apenas uma mulher; como o título sugere, ela é a mulher. E é também a morte, a vida, a natureza. O volume que o leitor tem agora em mãos abre-se com um caderno de imagens que reproduz manuscritos e datiloscritos - parte do longo trabalho do poeta para chegar à versão final dos poemas -, fotografias e outros documentos, como antigas capas e o recibo de pagamento pela impressão dos primeiros exemplares de Forma e exegese.
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Novos Poemas(1938) e
Cinco Elegias(1943)
Não foi por acaso que Vinicius de Moraes deu a seu quarto livro, publicado em 1938, o título Novos poemas: o volume trazia uma mudança de rumo na forma e no conteúdo. Depois de uma fase marcada por versos de tendência mística, nos quais se expressa um sujeito cuja consciência vê-se atormentada pelo pecado e pela culpa, o livro mostra a caminhada decidida do poeta em direção ao mundo material. Assim, acontecimentos cotidianos, laços de convivência, humor e erotismo dão a tônica do livro, composto por versos ágeis, ritmos variados e um lirismo decididamente moderno.Esse abrir de olhos para o mundo alcança um momento excepcional em Cinco elegias, de 1943. Se os poemas que compõem o livro também são, como os de Novos poemas, representativos de um período de transição, há também um salto: estamos diante de uma experimentação poética e humana que é um marco na poesia brasileira do século XX.Este e-book não contém as imagens presentes na edição impressa.
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Poemas, Sonetos e Baladas(1946)
Este volume reúne dois altos momentos da obra de Vinicius de Moraes. Poemas, sonetos e baladas, publicado em São Paulo em 1946, é provavelmente o mais importante e o mais belo livro do poeta. A primeira edição foi de apenas 372 exemplares, numerados tipograficamente e assinados pelo autor, e ilustrado com 22 desenhos de Carlos Leão. Desde então, o livro não voltou às livrarias, ainda que vários de seus poemas tenham sido reproduzidos em diversas antologias e se celebrizaram, como "Soneto de fidelidade", "Soneto do maior amor", "Balada do Mangue", "Balada das meninas de bicicleta", "Poema de Natal", "O dia da criação" e "Soneto de separação", entre outros. O leitor tem em mãos, agora, todos os poemas - com os textos rigorosamente fixados - bem como as históricas ilustrações de Carlos Leão.Acrescentou-se a Poemas, sonetos e baladas um único poema, o emocionante Pátria minha, que apareceu como um pequeno livro, em 1949, numa edição de cinqüenta exemplares, feita por João Cabral de Melo Neto em sua prensa manual quando morava em Barcelona, sob o selo O livro inconsútil.O volume se abre com um caderno de imagens - muitas delas inéditas - que situam histórica e biograficamente os livros, com a reprodução de fotos e manuscritos. Ao final, o leitor encontrará um precioso conjunto de textos críticos, entre eles um posfácio de José Miguel Wisnik, escrito especialmente para esta edição.
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Pátria Minha(1949)
Este volume reúne dois altos momentos da obra de Vinicius de Moraes. Poemas, sonetos e baladas, publicado em São Paulo em 1946, é provavelmente o mais importante e o mais belo livro do poeta. A primeira edição foi de apenas 372 exemplares, numerados tipograficamente e assinados pelo autor, e ilustrado com 22 desenhos de Carlos Leão. Desde então, o livro não voltou às livrarias, ainda que vários de seus poemas tenham sido reproduzidos em diversas antologias e se celebrizaram, como "Soneto de fidelidade", "Soneto do maior amor", "Balada do Mangue", "Balada das meninas de bicicleta", "Poema de Natal", "O dia da criação" e "Soneto de separação", entre outros. O leitor tem em mãos, agora, todos os poemas - com os textos rigorosamente fixados - bem como as históricas ilustrações de Carlos Leão.Acrescentou-se a Poemas, sonetos e baladas um único poema, o emocionante Pátria minha, que apareceu como um pequeno livro, em 1949, numa edição de cinqüenta exemplares, feita por João Cabral de Melo Neto em sua prensa manual quando morava em Barcelona, sob o selo O livro inconsútil.O volume se abre com um caderno de imagens - muitas delas inéditas - que situam histórica e biograficamente os livros, com a reprodução de fotos e manuscritos. Ao final, o leitor encontrará um precioso conjunto de textos críticos, entre eles um posfácio de José Miguel Wisnik, escrito especialmente para esta edição.
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Antologia Poética(1954)
Antes de se tornar um dos maiores compositores da música popular brasileira, Vinicius já se consagrara como poeta da mais alta qualidade literária - seus versos marcam mais de cinquenta anos da literatura brasileira. A presente antologia é mostra da habilidade poética de Vinicius de Moraes, que soube, entre outras coisas, atualizar o erudito e conceder tratamento culto a temas populares. Com isso, tornou-se um mestre no manejo inteligente e inventivo dos metros e das formas do poema, conquistando a simpatia dos leitores e muitos elogios dos críticos. SONETO DO AMOR TOTAL Amo-te tanto, meu amor... não cante O humano coração com mais verdade... Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade. Amo-te afim, de um calmo amor prestante, E te amo além, presente na saudade Amo-te, enfim, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante. Amo-te como um bicho, simplesmente De um amor sem mistério e sem virtude Com um desejo maciço e permanente. E de te amar assim, muito e amiúde É que um dia em teu corpo de repente Hei de morrer de amar mais do que pude.
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Livro de Sonetos(1957)
Foi o próprio Vinicius de Moraes quem organizou a primeira edição deste Livro de sonetos, que veio à luz em 1957. Com o volume, o poeta fazia um balanço de sua obra e ratificava, em 35 poemas, sua dedicação a uma das formas mais populares de poesia: o soneto. Dez anos depois, veio a segunda edição do livro, e Vinicius acrescentou a ele nada menos que 25 poemas, vários deles inéditos. A edição que o leitor tem agora em mãos soma àquele conjunto dezesseis sonetos esparsos. O que se pode inferir ao longo desses anos é que os sonetos escritos por Vinicius de Moraes acabaram por formar um acervo em tudo singular no quadro da moderna poesia brasileira. Eles chamam a nossa atenção pela carga emotiva que encerram, mas impressionam igualmente pela austeridade formal. Desse modo, a extraordinária beleza dos versos parece nascer, em grande parte, dessa aliança, em que a densidade reflexiva e o virtuosismo sintático se afirmam como expedientes de controle da efusão sentimental. Em seu prefácio à primeira edição do Livro de sonetos, Otto Lara Resende observa: "Os sonetos, como certas aves, estimam andar em bando, juntos, para juntos enfrentarem os riscos de serem abatidos, quero dizer: de serem lidos, amados e decorados". Nesse sentido, é surpreendente que a popularidade de alguns sonetos de Vinicius não os desgasta; ao contrário, é como se a notoriedade testemunhasse e, simultaneamente, acentuasse a vibração que salta deles.
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Novos Poemas II(1959)
Em 1938, Vinicius de Moraes publicara seu quarto livro sob o título Novos poemas. O uso do adjetivo não era por acaso, pois ali havia mesmo uma mudança de rumos: após uma fase místico-religiosa, os versos mostravam agora ritmos variados, tinham vivacidade, observavam o cotidiano. Em 1959, Vinicius recuperaria o antigo título num volume que reunia poemas escritos entre 1949 e 1956: Novos poemas (II). Mas as mudanças diziam mais respeito à vida que à obra. Numa breve observação da biografia do poeta, registramos que, durante os anos em que escreveu os versos recolhidos ali, Vinicius viu, em 1950, morrer seu pai; no ano seguinte, casou-se pela segunda vez; teve duas filhas; foi também em 1953 que seguiu para Paris como segundo-secretário da embaixada brasileira, lá permanecendo por quatro anos, quando foi transferido para Montevidéu; não bastasse tudo isso, foi em 1956 que conheceu Tom Jobim. Quanto aos poemas, eles confirmam as principais linhas de força da escrita de Vinicius: a temática erótico-afetiva, a presença do cotidiano e do Rio de Janeiro, bem como a frequência do soneto e da balada, a musicalidade, a alternância entre a metrificação e o verso livre. Mas há também uma inclinação nova rumo à paisagem estrangeira, bem como um adensamento da disposição social e política, como se pode ver no célebre “O operário em construção”. Só agora - mais de cinco décadas após seu aparecimento - Novos poemas (II) volta a ser editado como volume independente. A edição abre com um caderno de imagens que reproduz versões anteriores àquelas que o poeta fixou, além de fotos relacionadas ao período englobado pela obra. Ao final, o leitor encontrará um posfácio escrito por Ivan Marques e, na seção “Arquivo”, um abrangente ensaio de Eduardo Portela sobre a poética de Vinicius de Moraes.
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Para Viver um Grande Amor(1962)
Pode-se dizer deste livro que ele é um clássico moderno. Publicado pela primeira vez em 1962, seu público leitor só fez crescer desde então. O título - Para viver um grande amor - parece exercer sobre nós um grande fascínio. Vinicius de Moraes não decepciona seu leitor. E talvez devêssemos acrescentar: ele nunca nos decepciona, alçando-nos, ao contrário, além de nossas expectativas.Para viver um grande amor estrutura-se de modo singular: alterna poesia e prosa. As crônicas guardam as marcas típicas do gênero, como a observação aguda do cotidiano e a linguagem despojada. Mas, além disso, conforme o próprio Vinicius, "há, para o leitor que se der ao trabalho de percorrê-las em sua integridade, uma unidade evidente que as enfeixa: a do grande amor". Quanto aos poemas, encontram-se, aqui, exemplares de grande força expressiva, como o impactante "Carta aos 'Puros'". Os poemas não raro tomam para si a tarefa da crônica e, então, surgem experiências como os bem-humorados "Feijoada à minha moda" e "Olhe aqui, Mr. Buster" ou o seco e dramático "Blues para Emmett Louis Till".O volume abre com um caderno de imagens que reproduz originais de Vinicius e fotografias que ajudam a recriar o universo afetivo e intelectual do livro. Um posfácio do ensaísta Francisco Bosco, escrito especialmente para esta edição, lança um novo olhar crítico sobre a obra, ao passo que a sessão "Arquivo" recupera textos fundamentais e por vezes pouco conhecidos, como a crônica inédita em que Carlos Drummond de Andrade fala da noite de autógrafos de Para viver um grande amor.
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BOA LEITURA :)