10 curiosidades sobre a vida e carreira de Jorge Ben Jor
O que Jorge Ben Jor faz não é bossa nova, nem samba, nem rock, nem soul, nem funk. É uma mistura inconfundível e deliciosa de todos esses elementos. O cantor, compositor e multi-instrumentista carioca é um dos maiores artistas da MPB de todos os tempos. Quer saber mais sobre sua trajetória?
10 curiosidades sobre a vida e carreira de Jorge Ben Jor:
1- A idade real de Jorge Ben Jor é motivo de muitas especulações
Ele diz ter nascido em 1945 e documentos divulgados em sua biografia datam de 1939, mas isso não importa, o que sabemos é que são aproximadamente 80 anos de muito talento e genialidade!
2- Jorge Ben Jor trouxe influências árabes e africanas para a sua música, oriundas de sua mãe, nascida na Etiópia
Outras influências que o acompanham incluem o baião de Luiz Gonzaga e o rock de Little Richard. Também o samba de Ataulfo Alves, de quem seu pai era amigo.
3- Queria ser jogador de Futebol e integrou o time infanto-juvenil do Flamengo
Jorge Ben Jor queria ser jogador de futebol e chegou a integrar o time infanto-juvenil do Flamengo. Mas acabou seguindo o caminho da música, presente em sua vida desde criança, para a nossa sorte!
4- Jorge já teve o mesmo apelido de Tim Maia
Jorge integrou a lendária Turma da Tijuca, que frequentava o Bar do Divino, ao lado de nomes como Erasmo Carlos, Roberto Carlos e Tim Maia que tinha o mesmo apelido de
Jorge na época, Babulina, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-A-Lena (LÊ-SE BUPALINA), de Ronnie Self, o qual eles cantavam muito.
Aos poucos, Jorge Ben Jor criou uma batida diferente ao violão, que dividiria águas na música brasileira, ao ser apresentada formalmente em 1963 no seu primeiro álbum, apropriadamente intitulado Samba Esquema Novo.
6- Mudou seu nome artístico de Jorge Ben para Jorge Ben Jor por conta da fama internacional
Até os anos 60, usava o nome artístico Jorge Ben. O “Ben” vem do sobrenome etíope de sua mãe, e só depois que passou a fazer sucesso também internacionalmente e a ter seu nome confundido com o do cantor e guitarrista norte-americano de jazz, George Benson que ele passou a acrescentar um “Jor” no fim de seu nome, tornando-se Jorge Ben Jor.
7- ‘Mas Que Nada’ foi seu primeiro grande sucessoMas que Nada
foi seu primeiro grande sucesso no Brasil e também é uma das canções em língua portuguesa mais executadas nos Estados Unidos até hoje – na versão do pianista brasileiro
Sérgio Mendes, que primeiro a gravou em 1966 e depois regravou remixada com o grupo de hip hop norte-americano
Black Eyed Peas, em 2006. Também foi regravada por artistas como Ella Fitzgerald (Lê-se Ela Fitisgérald)e Al Jarreau (Lê-se AÚ JARRU).
8- Chegou às paradas de sucesso norte-americana
Ainda nos anos 60, algumas de suas canções foramgravadas nos Estados Unidos: Mas que Nada
e Chove Chuva, por Sérgio Mendes, que chegaram às paradas de sucesso norte-americanas.
9- Jorge Ben Jor já compôs canções para Caetano Veloso e Rita Lee
Em 1971, lançou o LP Negro é Lindo, em que vociferava o crescente movimento de valorização do povo negro, unindo ritmos americanos e brasileiros de origem africana.
Entre as importantes canções: a faixa-título;Porque é Proibido Pisar na Grama;Que Maravilha em parceria com Toquinho;Cassius Marcello Clay também em parceria com Toquinho;Maria Domingas;e Rita Jeep, composta em homenagem à Rita Lee.Também em 1971, Jorge compôs a canção Mano Caetano, especialmente para Maria Bethânia gravar e lançar em seu disco A Tua Presença. A música foi escrita para o irmão de Bethânia, Caetano Veloso, que estava vivendo um exílio forçado em Londres, junto com Gilberto Gil, por conta da repressão e perseguição da ditadura militar.
10- Em 74, lançou A Tábua da EAsmeralda, considerado o principal LP de sua carreira
Em 1974, lançou o antológico LP A Tábua de Esmeralda, considerado como o principal da carreira de Jorge Ben Jor, abrindo a sua fase ele mesmo chama de
“alquimia musical”:
“A maioria das músicas são alquímicas, mas sempre pela filosofia musical. Eu pretendo que a minha música traga paz de espírito e tranqüilidade para quem a escuta”.
Toda a apresentação gráfica do disco acompanhou os motivos principais das músicas, e foi nas figuras que Nicolas Flamel encontrou em um livro da
Abrahão que foi baseada na capa do LP. Esta nova face do trabalho de Jorge Ben remete às coisas celestes, mas não esquece as coisas simples.