O Brasil e o mundo enfrentam, cada vez mais, tragédias ambientais que vão muito além do que nossos cientistas conseguem ver, principalmente pelos noticiários sobre o clima.
A conexão entre meio ambiente, diversidade e racismo pode parecer tênue, mas, ao se aprofundar neste tema, torna-se evidente que as crises ambientais afetam desproporcionalmente aos que estão à margem da sociedade.
Em um contexto em que a classe média branca e os tomadores de decisão parecem estar distantes das consequências mais severas das catástrofes ambientais, é vital reconhecer quem realmente paga o preço.
O conceito de racismo ambiental, já discutido desde o século passado, revela a intersecção entre injustiça social e degradação ambiental. Esse racismo se manifesta na forma como as comunidades mais vulneráveis, muitas vezes compostas por pessoas negras, indígenas e de baixa renda, são as mais afetadas por desastres naturais, poluição e falta de infraestrutura adequada.
Nas periferias das grandes cidades do nosso país encontramos a maior parte dessas populações, que enfrentam não apenas a exclusão social, mas também a realidade cruel de viver em áreas mais suscetíveis a alagamentos, contaminação do solo e falta de acesso a serviços básicos de saúde.
fonte:cnn