Conheça um pouco sobre Bolsonaro
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Publicado em 24/10/2024
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10 curiosidades sobre Jair Bolsonaro
Ele foi eleito com 57,7 milhões de votos no segundo turno em 2018, o equivalente a 55,1% dos votos válidos, Jair Messias Bolsonaro. Ele foi o 38º Presidente da história do Brasil.
10. Nome composto que presta diversas homenagens
Segundo seus pais, Jair Bolsonaro nasceu na pequena cidade de Glicério, no interior do estado de São Paulo, hoje com pouco mais de 4800 habitantes. Dez meses depois, foi registrado na cidade de Campinas, onde consta ser naturalizado. Seu primeiro nome, “Jair”, foi escolhido após sugestão de um vizinho de seu pai, em homenagem ao jogador de futebol Jair Rosa Pinto, que jogou na Seleção Brasileira – ele fazia aniversário no mesmo dia, 21 de março, além de jogar no Palmeiras, time no qual seu pai, Percy Geraldo Bolsonaro, torcia.
Seu segundo nome, “Messias”, veio de sua mãe, Olinda Bonturi, que após uma gravidez de risco, atribuiu a Deus o milagre do nascimento do filho. Já “Bolsonaro” adveio do sobrenome de sua família paterna.
9. Descendente de imigrantes europeus
Bolsonaro é descendente direto de imigrantes italianos e alemães: 13 dos 16 trisavôs do presidente são italianos da Toscana, do Vêneto e da Calábria, regiões muito conhecidas e tradicionais da Itália. De fato, Bolsonaro é o primeiro ítalo-brasileiro a ser eleito presidente da República. Sua descendência alemã é procedente de Hamburgo, de onde compartilha dois avôs.
Seu lado materno é 100% italiano, reunindo sobrenomes como Bonturi, Pardin, Lenzi, Vannucci, Cavalletti e Andreini. Ambos os avós maternos de Bolsonaro, Guido Bonturi e Argentina Pardini, nasceram na cidade toscana de Lucca, em 1893 e 1892, respectivamente. Emigraram ao Brasil separadamente e casaram-se em Campinas em 17 de abril de 1915.
8. Especialista em paraquedismo
Interessou-se ainda jovem em entrar no Exército. Com 15 anos, deu algumas dicas do suposto esconderijo de Carlos Lamarca aos militares que o procuraram, onde o revolucionário havia montado um campo de treinamento no Vale do Ribeira para treinar guerrilheiros contra o regime militar.
Chegou a adentrar, com 18 anos, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, mas, mudando de ideia, prestou novo concurso e ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras, onde formou-em 1977.
Integrou então a Brigada de Infantaria Paraquedista, onde se especializou em paraquedismo entre os anos de 1979 e 1981.
7. Preso por quinze dias
No ano de 1986, agora capitão no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista, Jair foi preso por 15 dias por escrever na Revista Veja um artigo intitulado “O salário está baixo”, onde afirmara que o desligamento dos cadetes da AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras) se devia aos baixos salários pagos à categoria e não a supostos desvios de conduta, como a cúpula do Exército vinha afirmando até então.
Pelo ato de coragem em acusar seus superiores, recebeu mensagens de apoio e solidariedade de oficiais do Exército de todo o páis. Dois anos após o incidente foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar.
6. Ingresso na política
Nos anos iniciais da redemocratização do Brasil, elegeu-se vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo PDC – Partido Democrata Cristão. Assumiu o mandato em 1989, onde ficou dois anos na Câmara Municipal. Colegas de parlamento afirmaram que o vereador fazia um perfil conservador, discreto e pouco participativo – no período, apresentou 07 projetos de lei, todos com forte apoio e assistência à causa militar, como por exemplo um projeto de lei que autorizava o transporte gratuito de militares em ônibus urbanos.
Em 1990 foi eleito deputado federal pelo mesmo partido, o PDC. Dali em diante, reelegeu-se por mais seis vezes, passando por oito partidos ao todo: PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL.
5. Esnobado em 2014
Em 2014 foi reeleito deputado federal com 464 mil votos: o mais votado do Rio de Janeiro. Ofereceu apoio à Aécio Neves, do PSDB, que disputava o segundo com Dilma Rousseff (PT), mas foi esnobado pelo tucano.
Com a derrota dos sociais democratas, iniciou no mesmo ano um movimento que o permitiria se tornar candidato à presidência na eleição seguinte.
4. PP, PSC, PATRIOTA OU PSL?
Os escândalos de corrupção expostos pela Operação Lava Jato o fizeram se retirar do Partido Progressista (PP), fortemente atingido pelo Petrolão. Filiou-se ao PSC, partido conservador de direita presidido até então pelo candidato à presidência em 2014, Pastor Everaldo. Esperava sair-se candidato pelo partido, que o apoiava com a ideia, apesar da baixa capilaridade e limitada estrutura partidária.
Devido a diversas rixas e rusgas com a executiva nacional, anunciou que mudaria mais uma vez de partido. Considerou o PEN (Partido Ecológico Nacional), de centro-esquerda, que mais tarde mudaria de nome, – PATRIOTA, – e de ideologia, migrando para a direita. No entanto, desistiu do PATRIOTA e filiou-se, por fim, ao PSL, o Partido Social Liberal.
3. Controvérsias e Polêmicas
Jair Bolsonaro acumula ao longo de sua carreira política numerosas frases e discursos inflamados, carregados de controvérsia e acusadas de preconceito, especialmente contra minorias – como a comunidade LGBTQ, o movimento feminista e as mulheres como um todo, os negros, indígenas, quilombolas e imigrantes.
Apesar de se defender afirmando que suas frases são “distorcidas” pela imprensa ou colocadas “fora de contexto”, Bolsonaro acabou construindo contra si mesmo uma forte oposição dos movimentos sociais e de políticos progressistas, que o acusam sistematicamente de ser racista, misógino, homofóbico e xenófobo.
2. Campanha presidencial impulsionada pelas redes sociais
Lançou-se candidato à Presidência pelo PSL, coligado ao PRTB, de Levy Fidélix, dois partidos de pouca expressão nacional. Com isso, não pôde contar com um tempo considerável de TV (tinha apenas 8 segundos por bloco, enquanto Geraldo Alckmin, por exemplo, contava com 332 segundos), tampouco as inserções em horário nobre na rede aberta.
Para driblar essas limitações, acumulou ao longo de sua pré-campanha um ‘exército’ virtual com mais de 18 milhões de seguidores no Facebook, YouTube, Twitter e Instagram, além do WhatsApp, que o ajudaram a se tornar mais conhecido, além de disseminar suas ideias e pensamentos.
1. Primeiro presidente declaradamente de direita desde Fernando Collor (1989-1992)
Jair Bolsonaro foi o primeiro presidente declaradamente de direita desde Fernando Collor, o primeiro a ocupar o cargo pelo voto com a redemocratização, após 21 anos de Ditadura Militar (1964-1985).
Apesar de seus opositores o taxarem de “extrema-direita” ou de “direita fascista”, especialistas em Ciência Política o colocam na chamada “direita conservadora liberal”, que reúne o conservadorismo social com o liberalismo econômico.
Bolsonaro também foi o primeiro presidente democraticamente eleito que também foi militar desde Eurico Gaspar Dutra, em 1945, e o primeiro militar a assumir o posto desde João Figueiredo (1979-1985).