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Câncer de Mama: Carcinoma Ductal Invasivo
Espaço Mulher
Publicado em 15/10/2024

Quais as características de um carcinoma ductal invasivo?

O carcinoma ductal invasivo é uma das formas mais comuns de câncer de mama, respondendo por oito a cada 10 casos da doença.

 

O carcinoma ductal invasivo é um dos tipos mais comuns de câncer de mama.

 De acordo com a American Cancer Society, esse tipo de neoplasia é responsável por

 oito em cada dez casos da doença.

 

Embora possa ser adequadamente tratado, não é raro que ele se espalhe em direção aos linfonodos e outras partes do corpo.

 

Como sempre, o diagnóstico precoce de um carcinoma ductal invasivo faz toda a diferença.

 

Pensando nisso, reunimos abaixo tudo o que você precisa saber sobre essa manifestação relativamente frequente de um câncer de mama.

Como um carcinoma ductal invasivo evolui?

 

Um carcinoma ductal invasivo surge a partir de alterações das células dos ductos mamários (o que explica o seu nome). Essas estruturas são responsáveis por transportar o leite produzido nos lóbulos mamários até os mamilos. Ou seja, isso diferencia os carcinomas ductais dos carcinomas lobulares, que são aqueles que se desenvolvem justamente a partir dos lóbulos das mamas.O termo invasivo (ou infiltrante) refere-se ao fato de que esse tipo de tumor se espalha por todos os tecidos ao redor do seu local de origem, em contraste com o que acontece em um tumor in situ. Assim sendo, o tumor invasivo rompe a parede dos ductos e atinge a camada adiposa da mama. Às vezes, com a progressão da doença, as células cancerígenas caem na corrente sanguínea ou no sistema linfático e atingem outras partes do corpo.Vale considerar ainda que existem diversos subtipos de carcinomas ductais invasivos. A maior parte dessas classificações diz respeito ao padrão de proliferação das células cancerígenas, o que só pode ser notado por meio de exames laboratoriais específicos.Um tumor do tipo pode ser classificado também conforme o grau (em escala que vai de 1 a 3) de diferenciação das células, o que influencia na velocidade de disseminação da doença e a chance que ela tem de se espalhar pelo corpo.

 

Para ilustrar isso, considere que um carcinoma grau 1 tem células pouco diferenciadas daquelas saudáveis, fazendo com que o tumor se prolifere de forma mais lenta. No sentido oposto, um carcinoma grau 3 tem células bastante diferenciadas em relação àquelas sadias, acelerando sua replicação. Logo, em tese, doenças com grau maior são mais agressivas.

O que pode influenciar na chance de ter um carcinoma ductal invasivo?

 

Como todo câncer, um carcinoma ductal invasivo é resultado de uma interação extremamente complexa de uma série de aspectos ao longo da vida. Muitas dessas conexões ainda não são bem esclarecidas pela ciência.

 

De qualquer forma, os fatores de risco associados a chance de ter a doença são aqueles já relativamente conhecidos:

Tabagismo;

Uso abusivo de álcool;

Sobrepeso e obesidade;

Primeira menstruação precoce e menopausa tardia;

Nunca ter engravidado ou ter tido uma gestação em uma idade mais avançada;

Histórico familiar e a presença de mutações em determinados genes (como o BRCA e o p53, entre outros).

 

 

Quais os sinais e sintomas desse tipo de câncer de mama?

 

Quando ainda está em estágios iniciais, um carcinoma ductal invasivo pode ser assintomático. Nesses casos, a suspeita da doença surge apenas diante da realização de exames de rotina que identificam alterações na mama.

 

Entretanto, com o avanço da doença a mulher pode experimentar

sinais e sintomas que indicam que algo não vai bem. A presença de um nódulo na mama costuma ser o principal deles, mas não é o único. É possível notar também:

Inchaço na mama (em toda ela ou somente em partes);

Irritação e outras alterações na pele dos seios (muitas vezes fazendo com que ela fique com aspecto que lembra uma casca de laranja);

Mamilos invertidos;

Secreção mamilar (que não seja leite materno, claro);

Caroços na região das axilas.

 

Dessa maneira, diante dessas manifestações, é essencial procurar ajuda médica.

 Os recursos utilizados para confirmar ou descartar a possibilidade de um carcinoma ductal invasivo são aqueles de praxe: exames de imagem (como mamografias,

 ultrassonografias e ressonâncias) e, se necessário, uma biópsia.

 

Se confirmado o diagnóstico, esses exames também serão relevantes para o estadiamento do tumor.

 

A definição do estágio do tumor é indispensável para orientar a melhor abordagem terapêutica para combater a doença.

 

Quais as opções de tratamento mais utilizadas?

Em resumo, há várias alternativas de tratamento para um carcinoma ductal invasivo.

 A decisão por cada opção depende da localização e do tamanho do tumor, bem como da condição geral da saúde da paciente e das preferências do profissional responsável pelo atendimento.

 

 

De todo modo, as abordagens mais frequentes englobam:

Cirurgias,

que removem parte ou todo o tecido da mama. Além disso, pode ser feita também uma ressecção dos

linfonodos sentinelas para saber se o câncer já se espalhou;

Quimioterapia, geralmente utilizada de forma neoadjuvante (ou seja, antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor);

Radioterapia, na maioria das vezes adotada depois da cirurgia para eliminar células cancerígenas que tenham permanecido no organismo, reduzindo a chance de recidivas;

Hormonioterapia, empregada quando o tumor tem receptores de hormônios, justamente para bloquear a atividade hormonal que faz as células cancerígenas se multiplicarem;

Terapias-alvo, que se concentram em uma característica específica do tumor (como a presença de uma proteína, por exemplo) para atacá-lo;

Imunoterapia, onde determinados medicamentos são utilizados para ajudar o sistema imune a combater o tumor. Em muitos casos, a imunoterapia é administrada em conjunto com a quimioterapia.Com a detecção precoce e os tratamentos adequados, um carcinoma ductal invasivo tem boas chances de cura (muitas vezes acima dos 90% em casos identificados em estágio inicial) e altas taxas de sobrevida.

Portanto, é importante manter o acompanhamento médico adequado e investir em medidas que permitam um diagnóstico ágil da doença.Aproveite e saiba mais agora sobre como funciona o tratamento de um

 carcinoma papilífero de mama, forma extremamente rara da doença que pode evoluir de forma invasiva.

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