Graciliano Ramos de Oliveira é, sem dúvida, um dos maiores escritores brasileiros. Autor de uma das obras mais instigantes da literatura nacional,Vidas Secas, que conta a história de uma família silenciosa que, ao lado da sua cachorra baleia, precisa enfrentar a fome e as agruras do sertão, Graciliano foi também, cronista, contista, jornalista, político, militante comunista e memorialista. Após ficar anos na prisão, escreveu uma das primeiras obras que registram o cárcere em nosso país, os dois volumes de Memórias do Cárcere. Com linguagem seca e pouco adjetivada, Graciliano é conhecido pela dureza de sua escrita e, essa característica faz dele uma das letras mais urgentes de nossa literatura.
20 curiosidades sobre a vida e a obra de
Graciliano.
- Graciliano nasceu numa família de 16 irmãos.
- Trabalhou no Rio de Janeiro como jornalista.
- Graciliano foi também prefeito da cidade alagoana de Palmeira dos Índios.
- Começou a publicar sonetos quando ainda era adolescente. Aos 14 anos, publicou alguns na famosa revista carioca O Malho.
- Graciliano usava pseudônimos como Feliciano de Olivença, Soeiro Lobato, Soares de Almeida Cunha, Anastácio Anacleto e outros nas suas publicações em jornais e revistas.
- Graciliano foi descoberto como escritor graças à qualidade literária dos relatórios que enviava ao governo do estado de Alagoas na época em que era prefeito de Palmeira dos Índios. Seu modo de escrever chamava a atenção de todos.
- Os livros mais conhecidos de Graciliano são: Caetés, São Bernardo, Vidas Secas, Angústia, Infância, Insônia e Memórias do Cárcere.Na época em que Angústia foi publicado, Graciliano estava sob cárcere no Rio de Janeiro. O escritor foi preso pelo governo de Getúlio Vargas sob a acusação de participar de um levante de esquerda chamado Intentona Comunista.
- Os primeiros capítulos de São Bernardo foram escritos na sacristia da igreja de Palmeira dos Índios.
- São Bernardo foi adaptado para o cinema em 1971 por Leon Hirszman. Vidas Secas e Memória do Cárcere tiveram adaptações de Nelson Pereira dos Santos.
- Memórias do Cárcere é uma obra incompleta e publicada postumamente. Graciliano nunca chegou a escrever o último capítulo.
- Em 1962, Vidas Secas foi premiado pela fundação norte-americana William Faulkner como Livro Representativo da Literatura Brasileira Moderna.
- Vidas Secas devia se chamar originalmente O Mundo Coberto de Penas, o título do penúltimo capítulo.
- Em 1942, Graciliano publicou em parceria com Rachel de Queiróz, Jorge Amado, Aníbal Machado e José Lins do Rego um romance batizado de Brandão Entre o Mar e o Amor.
- Era ateu convicto, mas mantinha sempre uma Bíblia na cabeceira para apreciar os elementos de retórica e algumas das suas lições.
- Era um fumante inveterado. O cigarro está presente em muitas das fotos de Graciliano que ficaram para a posteridade. Aliás, o escritor morreu de câncer do pulmão em 1953.
- Graciliano escrevia todos os textos à mão, geralmente no período da manhã.
- Garranchos, o seu último livro inédito, foi publicado em 2012, quase seis décadas depois de sua morte.
- Graciliano Ramos foi o grande homenageado da Festa Literária de Paraty de 2013.