Em um plano de longo prazo e com tecnologia altamente sofisticada, o serviço de inteligência de Israel criou uma empresa de fachada para vender pagers já com explosivos instalados ao Hezbollah, segundo uma reportagem publicada nesta quinta-feira (19) pelo jornal "The New York Times".
Com base em depoimentos de funcionários do serviço de inteligência israelense, a reportagem afirma que a empresa de fachada forneceu ao grupo extremista os pagers, pequenos aparelhos de recebimento de mensagem de texto muito usados nas décadas de 1980 e 1990 que, na terça-feira (17), foram detonados em uma explosão quase simultânea, matando 12 pessoas e ferindo mais de 2.750.
Nasrallah fala em declaração de guerra
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse nesta quinta-feira (19) que a série de explosões de pagers e "walkie-talkies" do grupo extremista foi uma declaração de guerra por parte de Israel e prometeu vingança.
Nasrallah culpou o governo israelense e admitiu que as explosões foram um "golpe sem precedentes" para o grupo, mas disse que isso não será o fim do Hezbollah.
Também nesta quinta, Israel começou a colocar em prática a nova ofensiva no norte do país, na fronteira com o Líbano, onde o Hezbollah atua. O Exército israelense atacou posições do grupo extremista, que revidou, matando dois soldados de Israel.
Em pronunciamento, Nasrallah afirmou estar pronto para uma ofensiva de Israel no sul do Líbano e disse que a operação seria uma "oportunidade histórica" para o Hezbollah. "Estamos em nosso território", afirmou.
O grupo extremista controla boa parte do sul do Líbano, embora não tenha nenhuma ligação formal com o governo do país.
fonte:g1