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Conquistava as mulheres por ser “agradável”, diz autor de livro sobre Maníaco do Parque
Notícia
Publicado em 14/09/2024

Praticamente 30 anos após a prisão de Francisco de Assis Pereira, conhecido como o Maníaco do Parque, um novo livro revela detalhes inéditos sobre a vida do serial killer condenado pela morte de sete mulheres e pelo estupro de mais de uma dezena de jovens.

A publicação “Francisco de Assis, O Maníaco do Parque”, escrita pelo jornalista Ullisses Campbell, se tornou o segundo livro mais vendido do Brasil no gênero não-ficção, superando o primeiro sucesso do autor sobre o crime da Suzane von Richthofen.

Campbell detalha a personalidade de Francisco que passava despercebido como serial killer. “Ele era invisível, como todo psicopata, muito elogioso. Com muita educação, empático, nem parece que é o Maníaco do Parque, uma pessoa agradável com as mulheres”.

 

Sobre o sucesso, o autor pontua o medo e a curiosidade coletiva. “Porque a Suzane matou o pai dela, não o dos outros. São crimes familiares, ela representa menos risco para a sociedade. Já o Francisco é um serial killer, saía nas ruas de São Paulo à procura de vítimas para matar e torturar”.

Durante o processo de escrita do livro, Campbell conta que teve pesadelos com locais que Francisco passou durante a vida. “Tem uma passagem no livro que ocorre em um frigorífico, onde o Francisco trabalhava num matadouro, matando bois com dois golpes de martelo, método usado na época. Visitei o lugar e fiz o trajeto que o animal faria até o sacrifício. Eu nunca tinha visto aquilo, senti algo bem diferente, passei a ter pesadelos”.

 

O livro cita uma entrevista ao delegado Sérgio Luís da Silva Alves, onde Francisco admitiu que, se não tivesse sido preso, continuaria matando mulheres, afirmando sentir uma força maligna crescente.

 

 

A relação com a família nunca foi das melhores, Francisco era filho do meio e foi deixado com o avô em São José do Rio Preto, sua terra natal, mas por vezes voltava para casa da mãe em São Paulo. “Ele foi e voltou 28 vezes, é rejeitado pela família. Fazia xixi na cama até os 15 anos, o que incomodava os irmãos. Ele ficava indo e vindo até os 18 anos, quando entrou no exército”, finaliza o autor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

fonte:cnn

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