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Entenda como laboratório em SP foi chave para rastrear leite contaminado enviado a creches após acidente em Chernobyl
Notícia
Publicado em 08/09/2024

O dia 26 de abril de 1986 ficou marcado pelo acidente nuclear mais grave da história, em Chernobyl, na antiga União Soviética e, atualmente, Ucrânia. Apesar da distância, o episódio gerou riscos de contaminação de crianças brasileiras por leite com radiação, e um laboratório em Piracicaba (SP), interior de São Paulo, teve papel fundamental na emissão desse alerta.

A unidade de estudos é o Laboratório de Radioisótopos do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP), comandado por Elisabete Aparecida de Nadai Fernandes, que também atuou no acidente de vazamento de Césio 137, em Goiânia, em 1987. Neste ano, a pesquisadora vai receber o Prêmio Fundação Bunge na categoria Vida e Obra.

Como os estudos começaram

Estudos de rastreabilidade de alimentos no laboratório começaram entre as décadas de 70 e 80, com a cana-de-açúcar. Na época, a preocupação era com a produção de açúcar e etanol, e com a qualidade da matéria-prima.

 

A colheita da cana era feita de forma manual e o carregamento por pás carregadeiras. No momento em que as pás recolhiam a cana, acabavam levando junto para dentro das indústrias uma grande quantidade de terra fértil, da parte superficial do solo.

 

Ao entrar nas máquinas, a terra causava desgaste das partes metálicas. Além disso, os elementos do solo também podiam acabar chegando até o produto final. Estes problemas deram início aos estudos de rastreabilidade das produções alimentícias no laboratório do Cena, que investigava até onde aqueles resíduos podiam chegar e o impacto deles.

 

Leite em pó contaminado☢️

Pouco tempo após o pior acidente em Chernobyl, causado pela explosão de um reator, diferentes marcas de leite em pó vindas da Europa passaram a ser comercializadas no Brasil com preço muito abaixo do comum, o que despertou a atenção e preocupação de Elisabete, do laboratório e demais órgãos.O Cena possui ligação com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), então, quando a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) precisou de um organismo para realizar as análises dos produtos que estavam entrando no país, ele foi indicado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte:g1

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