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1875 — Ocorre o Motim das Mulheres na cidade de Mossoró
Publicado em 30/08/2024 10:14
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No dia 30 de agosto de 1875 acontecia na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, o movimento que ficou conhecido como Motim das Mulheres, Guerra das Mulheres ou Revolta das Mulheres. Naquele dia, aproximadamente 300 mulheres foram às ruas em passeata para protestar contra o alistamento militar obrigatório dos homens da cidade. Armadas com pedras e pedaços de pau, elas fizeram de refém o escrivão de paz e, em praça pública, rasgaram documentos de recrutamento de seus maridos para a Guerra do Paraguai. A revolta, contida sem dificuldades, teve Ana Floriano como uma de suas líderes.

 

Em uma época onde a tolerância da população em relação às determinações do Governo Central faziam surgir movimentos nordestinos de rebeldia, entre os quais as manifestações conhecidas como de

Quebra-quilos, também emergiram com as mesmas características, outras revoltas, sendo que dirigidas contra o Decreto que regulamentava o alistamento para o Exército e a Armada.

Anna Rodrigues Braga, conhecida como Anna Floriano em razão do seu casamento com Floriano da Rocha Nogueira, liderou, no ano de 1875, em Mossoró, segunda maior cidade do Estado do Rio Grande do Norte, uma rebelião com cerca de 300 mulheres, a qual ficou nos anais como

 O Motim das mulheres mossoroenses. 

Na época do Império, o mais longo Gabinete, o que foi presidido pelo representante do partido dos conservadores, Visconde do Rio Branco, caiu em março e, para desengano dos liberais, o Imperador convida um herói da Guerra do Paraguai, o Duque de Caxias, para reorganizá-lo, em 25 de junho. 

Ainda ecoavam os sofrimentos dos brasileiros que tinham participado voluntariamente da Guerra, quando o novo Gabinete resgata o Decreto deixado por Rio Branco, de número 5.881 de 27 de fevereiro de 1875, que regulamentava recrutamento e sorteio para o serviço nas forças armadas. A ordem do Governo para executar de imediato este Decreto gerou vários motins.

Na Província do Rio Grande do Norte sabe-se de explosão de movimentos em Goianinha, Canguaretama, Arês e Mossoró. Segundo Câmara Cascudo em Notas e Documentos para a História de Mossoró, os motins se deram em diversas localidades:“Em Arêz, a 1º. de agosto, homens e mulheres seguidos por um grupo de indígenas armados de faca e cacête, invadiram a Igreja Matriz e dilaceraram livros, papéis, editais referentes ao recrutamento. Em Canguaretama, no mesmo dia, uma malta exaltada de mulheres e homens assalta a Igreja, onde se procedia o processo do alistamento para o recrutamento local. O capitão João Paulo Martins Nanninger mandou dispersar à baioneta ficaram feridas dezesseis pessoas(...) Em Goianinha, os homens e mulheres, guiados por Antônio Hilarino Pereira, fizeram o mesmo...

 

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