1. Diversos nomes, mas qual é a diferença?
O nome que, de maneira científica e verdadeira, enquadra todas as ocorrências desse tipo de fenômeno é “ciclone tropical”. Porém, as outras nomenclaturas conhecidas são utilizadas de acordo com o local onde essas tempestades se formam.
Furacão, por exemplo, só é assim chamado quando o ciclone tropical se forma sobre o oceano Atlântico. Quando a formação acontece sobre a região nordeste do oceano Pacífico, se chama Tufão, e, se ocorrer no Pacífico Sul ou no Índico, o nome utilizado é simplesmente ciclone.
2. Nomes de políticos
Atualmente, as principais ocorrências de ciclones tropicais na América do Norte recebem um nome próprio diferente. Mas os primeiros registros desse tipo de situação aconteceram na Austrália, no início do século 20, quando um meteorologista resolveu batizar os fenômenos com nomes de políticos dos quais ele não gostava. Seu objetivo era fazer uma comparação para mostrar que esse pessoal também é capaz de “vagar sem rumo, causando grande sofrimento”.
3. Por que eles são batizados atualmente?
Desde 1950, o sistema de batismo dos ciclones tropicais com nomes próprios é utilizado. O objetivo da Organização Meteorológica Internacional (OMM) é facilitar o entendimento por parte do público para os avisos e orientações que cada ocorrência pode ter.
Como a temporada de furacões pode ter momentos de muita atividade, às vezes com múltiplas tempestades se formando ao mesmo tempo, essa medida se torna muito importante. Por isso, a organização cria seis listas com 21 nomes para serem adotados durante as temporadas anuais de ciclones. A lista só vai ser repetida no sétimo ano após a sua utilização. Nesse processo, alguns nomes podem ser aposentados e outros entram em seu lugar.
4. O furacão mais caro da história
Em 2005, o furacão Katrina desbancou o Andrew como o desastre dessa natureza que causou maior prejuízo por seus danos. Os US$ 45 bilhões (cerca de R$ 175 bilhões na cotação atual) do Katrina bateram o recorde de US$ 23,7 bilhões em prejuízos que reinava até então. Ao todo, mais de 1 milhão de pessoas ficaram desabrigadas e mais de 1,3 mil morreram em função do desastre que atingiu, principalmente, o estado americano da Louisiana, em 2005.
5. O furacão com a maior duração
Em Júpiter, há uma enorme mancha vermelha que foi registrada em imagens feitas por nossos telescópios. Esse ponto observado na atmosfera do grande planeta, na verdade, se trata de uma tempestade de alta pressão, que se assemelha a um furacão na Terra, e está em atividade há pelo menos 400 anos, quando aconteceu a primeira observação dos humanos por telescópio.
Isso faz da tempestade de Júpiter o mais longo e contínuo furacão que o homem conhece. O fenômeno segue ativo porque é alimentado por uma fonte de calor e nunca atravessa porções de terra, como acontece por aqui.
Um fato interessante sobre essa tempestade jupteriana é que ela é extremamente grande, de maneira que caberiam três planetas Terra no seu interior.
6. O maior assassino de todos os furacões
O Furacão de 1900 matou 8 mil pessoas oficialmente e é considerado o mais mortal de toda a História. Os ventos dessa tempestade atingiram a cidade de Galveston, no Texas, já na categoria 4, com rajadas que ultrapassavam 215 km/h (a escala que mede os ciclones tropicais possui 5 níveis medidos pela velocidade dos ventos; a categoria 4 engloba de 210 a 249 km/h).
Como nessa época ainda não havia nomenclatura oficial para esse tipo de desastre, esse fato ficou historicamente conhecido por diversos nomes além de “Furacão de 1900”, como “A Grande Tempestade”, o “Grande Furacão de Galveston” e outros.
7. No olho... Do furacão!
Até que ponto você iria para provar as suas habilidades e mostrar que é “o cara”? Bem, no ano de 1943, o coronel Joseph B. Duckworth resolveu voar no meio de um ciclone que passava pelo Golfo do México, perto da cidade de Galveston. Ele foi a primeira pessoa na História a passar voando pelo olho de um furacão.
8. Os nomes aposentados
Para o nome próprio de um ciclone tropical ser retirado da lista da Organização Meteorológica Mundial, o fenômeno tem que ser extremamente forte, de maneira mortal ou causando enorme prejuízo. Por motivos de sensibilidade, para evitar confusão histórica, facilitar o trâmite de ações legais envolvidas e respeitando o teor de importância do fato, a nomenclatura então é substituída por outra, do mesmo gênero. Para que isso aconteça, o país afetado deve solicitar a retirada à OMM, que por sua vez autoriza ou não a “aposentadoria”.
Entretanto, essa medida não é eterna e o nome pode voltar a figurar na lista após 10 anos do acontecido. O ano de 2005 foi o que mais teve nomes substituídos na lista, com a ocorrência de 5 grandes ciclones tropicais: Dennis, Katrina, Rita, Stane e Wilma.
9. O sentido dos ventos
Os furacões, no Hemisfério Norte, giram no sentido anti-horário, enquanto no Hemisfério Sul os ventos vão a favor do relógio. Já o caminho trilhado por cada ciclone pode ser em qualquer direção, na medida em que é o fluxo da atmosfera superior que empurra a tempestade para um lugar.
10. A Tempestade Perfeita
Assim é conhecido o evento de outubro de 1991, quando três fortes tempestades se encontraram sobre o oceano Atlântico e formaram uma condição meteorológica que acontece somente a cada 50 e 100 anos. A informação é de Bob Case, meteorologista aposentado da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA.
Com ventos de mais de 193 km/h e ondas de mais de 100 metros de altura, o fato histórico causou estragos numa região que engloba desde o norte da Nova Inglaterra, no extremo nordeste dos EUA, até a ilha de Porto Rico, na América Central.A catástrofe afundou o barco de pesca Andrea Gail, matando todos os seis passageiros a bordo em uma história que inspirou o livro best-seller “A Tempestade Perfeita”, de Sebastian Junger. O filme “Mar em Fúria”, de 2000, também é baseado na história da Tempestade Perfeita.