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PF tem que explicar suposta ligação com Hamas, diz advogado de suspeito retido no aeroporto de Guarulhos
Notícia
Publicado em 23/06/2024

O advogado que representa um cidadão palestino e três familiares retidos no aeroporto de Guarulhos aguarda que a Polícia Federal (PF) informe por quais razões a família foi impedida de entrar no Brasil.

“A Polícia Federal pode até achar que alguém que tem alguma ligação com o Hamas não é bem-vindo no Brasil, agora ela tem que falar que ela está acusando aquela pessoa de ter essa ligação e que essa ligação não é meramente filosófica. A pessoa pode compartilhar ideais e ser contrário, por exemplo, ao que está acontecendo na Faixa de Gaza”, afirmou.

 

Muslim M. A Abuumar, acompanhado da mulher –grávida de 7 meses–, um filho de 6 anos e a sogra, de 69 anos, desembarcou em São Paulo na tarde de sexta-feira (21).

De acordo com o pedido feito à Justiça pelo advogado questionando a decisão, o homem foi abordado por agentes da PF ainda na porta do avião e foi levado a interrogatório.

Sem acompanhamento de advogado ou tradutor, Muslim teria respondido a questionamentos que buscavam saber sua percepção sobre o estado da Palestina e o que está acontecendo na região, relatou Moura.

Depois, o palestino foi informado que não poderia entrar no país. De acordo com o advogado, a minuta do termo de impedimento não esclarece as razões pela quais foi tomada a decisão.

“A Polícia Federal foi procurada em diversas oportunidades, tanto pela família quanto por mim e por pessoas relacionadas ao escritório de relações do Brasil-Palestina e eles não informam oficialmente qual é essa razão”, afirmou.

 

No sábado (22), a juíza plantonista Millena Marjorie Fonseca da Cunha, da subseção judiciária de Guarulhos, atendendo o pedido da defesa, determinou que a extradição não fosse feita até “melhor compreensão dos fatos.”

 

 

 

 

 

fonte:cnn

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