Confira abaixo alguns carros super raros e clássicos, talvez hoje em dia não encontre mais.
1 - Aurora 122C - 3 unidades
Corria o ano da primeira votação direta no Brasil para presidente depois da eleição indireta (e malfadada) de Tancredo Neves. O clima de otimismo provavelmente contribuiu para a fundação da Aurora Projetos Automobilísticos, em 1989. E para o surgimento do que prometia ser o carro mais extremo já desenvolvido no Brasil, o Aurora 122C. Equipado com um motor 2.0 do Chevrolet Monza ampliado para 2,2 litros e com turbocompressor, ele lembrava o jeitão do Ferrari F40, mas tinha “apenas” 214 cv, suficientes para ele atingir a máxima de 204 km/h e ir de 0 a 100 km/h em menos de 9 segundos.
Um ano depois, o então presidente Fernando Collor liberava as importações e dirigia o F40 original, primeiro carro de produção a passar dos 320 km. Ele foi trazido ao Salão do Automóvel de 1990 em exemplar único, que continua no Brasil, hoje nas mãos de um colecionador. Essa ironia do destino marcou o fracasso da empreitada: apenas 3 unidades do Aurora foram vendidas. Sua produção foi encerrada em 1993.
2 - PAG Chubby - 4 unidades
Outro modelo que deve dificuldades com a chegada dos importados foi o Chubby. Criado pela PAG sobre a base do Santana, ele tinha motor AP 2000 com 16V e injeção eletrônica na versão mais sofisticada, que poderia trazer também câmbio automático. O interior era o do VW Santana sem tirar nem por. O problema foi o momento em que ele chegou ao mercado: 1990, exatamente o ano da reabertura das importações.
Com isso, calcula-se que o modelo teve apenas 4 unidades fabricadas, entre elas a das fotos, tiradas por José Roberto do Nascimento para vender seu Chubby no Mercado Livre. Ele gentilmente nos permitiu usar uma delas. Sim, houve um Chubby à venda, mas deve demorar a aparecer outro...
3 - FNM Onça - 5 unidades©Fnm
Em 1964, a Fábrica Nacional de Motores, a FNM, decidiu que precisava ter mais um veículo em sua linha. A ideia era ter uma variação do antigo JK, rebatizado de 2000 para não irritar os militares que haviam tomado o poder. Para isso, a FNM encomendou a Rino Malzoni, pai do GT Malzoni e do Puma, uma nova carroceria.
Que foi apresentada na Feira Brasileira do Atlântico naquele mesmo ano, mas não agradou. Tinha quatro faróis e era meio pesadão. Rino corrigiu o protótipo, inspirado pelo Ford Mustang, e a FNM gostou, apresentando o Onça no Salão do Automóvel de 1966. Confiante na aprovação do projeto, a FNM produziu algumas carrocerias enquanto enviava um dos protótipos para avaliação da Alfa Romeo, que vetou o projeto prontamente.
Não, entretanto, sem que algumas unidades do Onça tivessem sido vendidas. Sabe-se de 3 delas ainda na ativa e recentemente restauradas, mas é bem possível que existam outras perdidas Brasil afora.
4 - IBAP Democrata - 5 protótipos, dos quais 2 ainda existem
A IBAP (Indústria Brasileira de Automóveis Presidente) foi uma das poucas a chegar perto de ser uma fabricante realmente brasileira de carros. Mas ela morreu antes de chegar a vender qualquer carro. O que ela realmente vendeu foram ações, ou cédulas de propriedade, como o empresário Nelson Fernandes, responsável pela empreitada, as batizou. Foram, no total, 87 mil títulos emitidos para ajudar a levantar o negócio. Eles dariam direito aos compradores de ser os primeiros a ter veículos da empresa.
O primeiro deles seria o Democrata, um cupê revolucionário para a época. Inspirado no Chevrolet Corvair, ele tinha um motor V6 traseiro de alumínio refrigerado a água. Rendia 120 cv e tinha desempenho muito acima do que o restante dos modelos à venda na época entregava. Apresentada em 1963, a IBAP morreu em 1968, depois de intensa campanha negativa da imprensa especializada e de o Banco Central decretar intervenção por captação irregular de “poupança popular”.
O STF, 20 anos depois, diria que a intervenção foi indevida. Tarde demais para corrigir a injustiça, mas não para que alguns dos protótipos fossem recuperados. Há hoje dois deles restaurados: um com um colecionador e outro no Museu Nacional do Automóvel, em Brasília.
5 - Emme 422T - 15 unidades©Emme
Dizia-se que esse sedã esportivo era um projeto da Lotus para chegar ao Brasil, mas a história era bem outra. Os motores Lotus usados pelas poucas unidades fabricadas eram refugo da fabricante britânica, muitos deles com defeito. Em compensação, os Emme com motor Lotus tinham 264 cv e uma carroceria de 4,62 m de comprimento feita de VeXtrim, um polímero desenvolvido pela fabricante do Emme, a Megastar.
O material era resistente, mas deu origem a peças com sérios problemas de acabamento. A ergonomia era deficiente e as poucas unidades vendidas apresentaram uma série de problemas. Lançado em 1997, o modelo teve apenas 15 unidades vendidas até a decretação da falência da empresa, em 2000. Até hoje, ninguém saber exatamente quem eram os sócios de sua fabricante.
6 - Aldee GT - 16 unidades
Almir José Donato foi campeão de motovelocidade, mas também empresário. Fabricante de componentes para competição com a Almir Donato Equipamentos Esportivos (Aldee), ele se arriscou na produção de carros em 1987 com a apresentação do Aldee GT 1.8 Street. O modelo, fabricado sobre a estrutura do Volkswagen Gol, com carroceria de fibra de vidro, usava a mecânica do Gol GTS. Apesar de já andar bem, em 1988 ele passou a trazer um motor maior, o AP 2000. Seu estilo incomum, com faróis escamoteáveis, era acompanhado de um interior luxuoso, com bancos de couro e retrovisores elétricos.
O carro é tão difícil de encontrar que só conseguimos mostrar como ele era pela ajuda preciosa da revista Quatro Rodas, que nos cedeu a imagem acima. A produção foi encerrada com a abertura das importações, em 1990, mas o Aldee GT ainda serviria de base para um carro de corrida muito bem sucedido, o Aldee Racing. Consta que o último dos GT foi transformado em carro de corrida por Donato, o que estimulou sua transição para algo voltado apenas para as pistas.
7 - Hofstetter - 18 unidades
São muitos os meninos de 16 anos que gostariam de fabricar seu próprio carro, mas talvez só Mario Richard Hofstetter tenha tido essa satisfação. Foi aos 16, em 1973, que ele começou a desenhar seu automóvel, inspirado no Alfa Romeo Carabo e, mais especialmente, no Maserati Boomerang. O esportivo, com faróis escamoteáveis, ficou pronto em 1980 e trazia um motor de Fórmula Ford. Era um Cosworth aperfeiçoado por Brian Hart capaz de atingir 12.000 rpm. Esse motor levava o protótipo a cerca de 240 km/h. Ele devia ser apenas o carro de Mario, mas o construtor se animou a fabricar mais três unidades e as apresentou no Salão do Automóvel de 1984.
Com motores Volkswagen turbinados, instalados em posição central-traseira, o Hofstetter de produção em série podia superar os 200 km/h. As vendas, no entanto, começaram apenas em meados de 1986. A ideia era fabricar no máximo 30 por ano, mas o preço alto restringiu a saída do modelo, que custava quase 4 vezes o valor de um Ford Escort XR3. O Hofstetter foi produzido até 1993, como Hofstetter-Cortada no final de seu ciclo. Consta que uma décima nona unidade foi fabricada, mas não há confirmação oficial.
8 - Willys Executivo Itamaraty - 25 unidades de produção e 2 protótipos
A indústria automotiva brasileira não tinha nem dez anos de idade quando a Willys-Overland resolveu dar ao país sua primeira limusine. Era a Willys Itamaraty Executivo, que também trazia a primazia do ar-condicionado em um modelo nacional (só para o banco traseiro). O Itamaraty Executivo era luxuosíssimo para os padrões da época.
A versão Especial (havia também a Standard) chegava ao cúmulo de trazer um barbeador elétrico (Remington Roll-a-Matic), mas também vinha com um toca-fitas de cartucho, um gravador, divisória entre o motorista e os passageiros por vidro elétrico e acendedor de cigarros. Todos tinham bancos de couro. Dos 25 fabricados para o público, só 19 têm destino conhecido e ainda estão por aí.
Embrião do fora-de-série mais bem-sucedido do mercado brasileiro, o Puma, o GT Malzoni nasceu por conta das corridas. Disposto a bater a Willys e seu Interlagos, Jorge Lettry, chefe do departamento de competição da Vemag, acabou chegando a Genaro Malzoni. Rino, como era mais conhecido, havia feito um esportivo em chapa de aço sobre a base do DKW. Ao vê-lo, Lettry pensou em usar algo parecido nas competições.
Com uma carroceria de fibra de vidro, mais leve, ele foi batizado de GT Malzoni e virou um bicho-papão das corridas. Animados com o sucesso, Rino, Milton Masteguim, Mário César de Camargo Filho e Luís Roberto Alves da Costa fundaram a Lumimari para fabricá-lo em série. E fizeram isso de 1965 a 1966, período em que saíram da fábrica algo entre 43 e 45 unidades do esportivo. Lettry posteriormente sugeriu a mudança do nome da empresa para Puma, algo que os sócios acataram e que daria origem ao Puma GT.
10 - Dacon 828 - 48 unidades
Também chamadoo de “Dacon Ovo” pelos poucos que o conhecem, o 828 é outro projeto de Anísio Campos. Com apenas 2,65 m de comprimento e motor de 1,6 litro do Fusca, a etanol ou gasolina, o 828 foi concebido como um carro econômico, mas acabou por se tornar um urbaninho de luxo. Ele também usava o chassi do Volkswagen, encurtado em 78 cm, mas a estrutura de sua carroceria era tubular.
Foi o único projeto “autoral” da Dacon, a Distribuidora de Automóveis, Caminhões e Ônibus Nacionais. Paulo de Aguiar Goulart, dono da Dacon, acabou por criar uma empresa apenas para seus veículos próprios, a PAG, sob a qual foram fabricados o Nick e o Chubby, entre outros modelos raríssimos. O 828, lançado em março de 1983, foi produzido até 1985 e teve 48 unidades.
11 - Lobini H1 - cerca de 70 unidades
Apresentado no Salão do Automóvel de 2002, o Lobini H1 só começou a ser fabricado em 2005. Fruto de uma parceria entre o advogado José Orlando Lobo e o engenheiro Fábio Birolini, veterano do mercado de carros especiais brasileiros, o H1 queria ser um esportivo puro. Equipado com o motor de 1,8 litro turbo da Volkswagen instalado em posição central-traseira, ele foi o esportivo brasileiro mais rápido da história: era capaz de atingir máxima de 220 km/h. O preço alto, a concorrência com modelos importados de desempenho por vezes superior e a proposta de ser um esportivo cru acabaram por selar o destino do H1. Ele teve sua produção encerrada em 2012, com cerca de 70 unidades fabricadas.
12 - Brasinca 4200 GT - 76 unidades
Rigoberto Soler Gisbert se formou engenheiro na Espanha, sua terra natal, mas emigrou para cá nos anos 1950 e deixou aqui seu legado. Sua obra mais marcante foi o Brasinca 4200 GT, apresentado no Salão do Automóvel de 1964. Ele é um dos poucos modelos nacionais com chassi próprio e carroceria de aço: quase todos os demais usaram alguma base conhecida e uma carroceria de fibra de vidro. Também era um primor técnico: coeficiente aerodinâmico de 0,32, distribuição quase perfeita de peso e um estilo até hoje inconfundível.
Pecava pelos freios, a tambor nas quatro rodas, e pelo motor de caminhão, um seis-cilindros de 4,2 litros que, apesar de cheio de torque e com potência razoável, não tinha o mesmo refinamento do modelo que impulsionava. Com a situação econômica do país na época, a Brasinca desistiu do projeto em 1966. Soler, não: ele criou a STV (Sociedade Técnica de Veículos Ltda.) para continuar a fabricar o modelo, agora sob o nome Uirapuru, mas a empreitada foi encerrada em 1967. Foram fabricadas, ao todo, 76 unidades, entre elas a perua Gavião e 3 conversíveis. Professor da FEI, Soler continuou dando aulas por lá quando sua empresa fechou e morreu aos 78 anos, em 15 de novembro de 2004.
13 - Troller Pantanal - 77 unidades©Troller
Depois de se aventurar (e de dar bem) no mundo dos jipes, a Troller resolveu em 2006 dar ao mercado também uma picape, a Pantanal. Com 5,30 m de comprimento e construída sobre chassi, a picape pretendia oferecer a mesma capacidade off-road do T4 com a durabilidade de uma carroceria de fibra de vidro. Mas tudo mudou quando a Ford comprou a fábrica em janeiro de 2007. Em fevereiro de 2008, a Ford convocou um recall de todas as 77 unidades fabricadas até ali. De acordo com a fabricante americana, testes de qualidade teriam constatado que o chassi poderia apresentar trincas e se partir.
Além disso, falhas de projeto levariam a picape a perder o controle em manobras bruscas, com possível perda de estabilidade. Em vez de reparar a Pantanal, a Ford comprou de volta todas as unidades. Segundo ela, porque não havia forma de consertar o projeto, mas há quem diga que foi apenas porque seria mais barato recolher todas do que manter uma estrutura de pós-venda para o modelo. Com apenas 77 unidades fabricadas, faz sentido. Apenas uma delas escapou da destruição e foi parar no Museu Nacional do Automóvel, em Brasília. Lacrado em 2016, o museu continua de portas fechadas. Seu fundador, José Roberto Nasser, morreu em 2018.
14 - Gurgel Itaipu E-400 - pouco mais de 100 unidades
Grande crítico do Proálcool, João do Amaral Gurgel via veículos elétricos com muito bons olhos. Tanto que tentou criar um urbaninho com esse tipo de motorização, mas as baterias chumbo-ácido, muito pesadas, tornaram o projeto inviável. Era preciso ter um modelo maior para lidar de modo satisfatório com o peso extra. Foi por isso que o Itaipu E-400, primeiro elétrico de produção da Gurgel, nasceu como uma van, em 1981. Ele também seria vendido como uma picape de cabine dupla, a que ilustra essa matéria.
Ele tinha 3,82 m de comprimento, mas pesava 1.470 kg, o que lhe dava uma capacidade útil de carga de apenas 400 kg. Gurgel tinha o plano de fabricar 100 por mês, mas isso foi o que o modelo vendeu em toda a sua produção, encerrada um ano depois de começar.
15 - PAG Nick - cerca de 130 unidades
Outro urbaninho, o Nick foi um dos produtos mais conhecidos da Dacon. Ou melhor, da PAG (Projects d’Avant Garde, ou Paulo de Aguiar Goulart, nome do dono da Dacon). O PAG Nick, projetado por Anísio Campos, era um foguete de bolso que começou carreira baseado na picape VW Saveiro. Por conta disso, ele tinha apenas uma estrutura peculiar atrás dos bancos dianteiros, em arcos, que lhe valeu o apelido de “alcinha”.
A partir de 1990, a empresa passou a usar a base do Gol GTI, inclusive seu motor, criando um modelo de cabine fechada. O Voyage também entrou na dança e deu lugar a um Nick de 4 lugares, equipado com o AP 2000 do Santana. No total, foram fabricadas aproximadamente 130 unidades do Nick.
16 - Gurgel XEF - 145 unidades
Talvez pela demanda baixa, talvez pelo baixo poder aquisitivo dos brasileiros, os urbaninhos estão entre os modelos mais raros já feitos no país. Quem podia pagar por um carro normalmente queria o maior modelo que pudesse levar para casa. Isso deixava os “segundos carros” apenas para aqueles que podiam ter mais de um. Além do Emis Art, outro dos representantes da classe foi o Gurgel XEF. Um modelo com possibilidades muito maiores de vendas, mas que, curiosamente, se saiu pior do que o urbaninho do Rio.
O XEF nasceu em 1984 e tinha espaço para três pessoas, uma sentada ao lado da outra. O motor, de VW Brasilia, deixava o peso todo concentrado na traseira, que tinha a mesma suspensão do Fusca. Em dias de chuva forte, o motorista se tornava passageiro. A semelhança com um Mercedes-Benz em miniatura se justificada: ele era mais caro do que um Chevrolet Monza. Isso foi o suficiente para ele sair de linha em 1986, após apenas 145 unidades fabricadas.
17 - Emis Art - 153 unidades
O Art tem uma história interessantíssima, já que passou por três fabricantes diferentes do começo ao fim de sua trajetória. Concebido pela Orto Design, do Rio de Janeiro, ele nasceu em dezembro de 1984. Tinha motor Volkswagen, mas suspensão traseira de desenho próprio, assim como chassi único, tubular. Sem capacidade industrial para atender aos pedidos, a Orto vendeu os direitos de produção do Art para a Emis, com apenas 13 unidades produzidas.
Foi na Emis que ele se tornou mais popular. Era, como todo fora-de-série, uma coleção de peças de modelos de produção em massa. Se as portas e para-brisa eram do Chevette, o painel era do Gol. Na Emis, ele foi fabricado até 1987, quando a fabricação passou à Emisul. Por lá, o Art virou o Minor e teve mais 23 unidades fabricadas. Se somássemos todas as suas encarnações, chegaríamos a 189 unidades, mas, como estamos falando do Emis Art, vamos considerar apenas as unidades feitas pela Emis.
18 - Grancar Futura - 159 unidades
Não dissemos que Toni Bianco tinha o dom de fazer carros especiais? Outra de suas criações, a Grancar Futura, antecipou a onda (ainda que breve) das minivans no Brasil. Construída com base na primeira Renault Espace, que foi até importada para servir de molde, ela usava a estrutura do Ford Del Rey. Por uma razão simples: a “fabricante” era uma concessionária da Ford, a Grancar. A produção da Futura começou em péssimo momento para os fabricantes de fora-de-série: em 1990, justamente no ano de liberação das importações. De volta ao mercado brasileiro, a Renault não gostou de ver sua minivan com motor AP e painel de instrumentos da Ford. O interesse dos clientes também se voltou às novidades vindas de fora. Mesmo assim, foram fabricadas 159 unidades.
19 - Karmann-Ghia conversível - 177 unidades
Pode parecer surpreendente, mas nem só de fabricantes nacionais vive essa lista de modelos raros. E um dos melhores exemplos é o Karmann-Ghia conversível. Tudo bem que quem o produzia não era a Volkswagen, mas a Karmann. A raridade do conversível provavelmente se deve ao fato de os brasileiros nunca terem sido grandes fãs deste tipo de carroceria.
Tanto que apenas 177 deles foram oficialmente produzidos por aqui. Quando encontrar um Karmann-Ghia conversível, fique de olho: ele pode ser um cupê convertido. Os originais são dificílimos de encontrar. E valem uma nota preta.
20 - Corona Dardo F - cerca de 300 unidades
Eis uma bela criação do mestre Toni Bianco, pai do que é considerado o primeiro fora-de-série nacional, o Monarca. De 1978, o Dardo foi o segundo modelo mais bem vendido criado por Bianco (o primeiro foi o Bianco S, que vendeu mais de mil unidades). Em boa medida, pelo apoio que a Fiat deu ao modelo, comercializado e revisado em concessionárias da marca. A chancela oficial é fácil de explicar: o Dardo foi o primeiro fora-de-série (e um dos poucos) a usar mecânica Fiat.
Também era inspirado em um modelo Fiat, o X1/9, e trazia uma série de características que o destacavam dos demais. Seu chassi era tubular, próprio do modelo. O motor era central; a tração, traseira e a suspensão era independente nas quatro rodas. Cada uma delas trazia um freio a disco. Por fim, ele era targa e os faróis eram escamoteáveis. Cerca de 300 unidades foram produzidas.