Uma das queixas mais frequentes e comuns entre idosos do mundo todo se refere à perda de memória. A queixa pode variar, conforme diferentes estudos, entre 8% e 50% dos pesquisados. E normalmente, para além dos efeitos da idade avançada, o problema está associado a sintomas depressivos e ansiosos, baixa escolaridade e síndromes demenciais.
Mas o que é memória?
Memória, para o senso comum, é a capacidade do cérebro de ‘armazenar’ informações e, quando pertinente ou necessário, ‘resgatá-las’. Nessa perspectiva, o saudoso professor Ivan Izquierdo (1937–2021), um dos maiores estudiosos do Brasil sobre a memória, define o termo como a “aquisição, conservação e evocação de informações”.
O esquecimento - em linguagem técnica, amnésia - é a falha no processo de evocação dessas informações, ou seja, das recordações. A amnésia pode ser permanente e progressiva, como ocorre nas síndromes demenciais; ou transitória, como as decorrentes de estresse, uso de substâncias ou mesmo lesões, como na maioria dos acidentes vasculares cerebrais.
Portanto, as queixas subjetivas de idosos em relação aos déficits de memória não decorrem, em sua maioria, de eventos patológicos, mas de estados transitórios, que devem ser abordados clinicamente de forma adequada.
fonte:g1